Apenas 7 cemitérios funcionam em Cuiabá
A Câmara Municipal de Cuiabá autorizou a construção de um novo cemitério em Cuiabá, na região do CPA. O edital de abertura de concessão deverá ser publicado até o dia 19 de março, mas trata-se de um processo demorado. O gerente da Central Municipal de Serviços Funerários, Salles Lourenço, não soube precisar o prazo necessário para a conclusão da obra, mas ressaltou que são necessários vários estudos de impacto ambiental, que, dependendo da área em questão, podem ser reprovados.
"O terreno em que será construído ainda não foi definido. Ele deverá ser apresentado pela empresa que vencer a proposta de concessão, juntamente com os estudos de impacto ambiental".
A única situação definida foi a região de localização. "Foi autorizada a construção na região Norte, da grande CPA, por ser a única da Capital que ainda não tem um cemitério".
A região compreende cerca de 150 mil pessoas, segundo texto da lei.
Ao contrário do que prega o imaginário popular de que ninguém quer morar ao lado de um cemitério, a solicitação de construção é uma reivindicação antiga dos moradores, segundo o gerente. Uma audiência pública já foi realizada para detectar a necessidade local.
Atualmente existem 33 cemitério nas zonas urbana e rural de Cuiabá, mas apenas sete estão em funcionamento. "A maioria está localizada na zona rural e foi criada há muito tempo, quando ainda não se tinha critérios para tal".
Dos que estão em uso, apenas o Parque Bom Jesus é privado. Os cemitérios do Porto, Piedade, Pascoal Ramos, Coxipó da Ponte e São Gonçalo, são públicos. Este último possui uma ala interna que é mantida pela Associação de Moradores do São Gonçalo Beira Rio e é considerado um cemitério à parte.
De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) 335, de 03 de março de 2003, é preciso estudo completo sobre a área em que será instalada, com levantamento topográfico, mapeamento da cobertura vegetal e do nível máximo do lençol freático, além de sondagem mecânica para caracterização do subsolo.
De acordo com a Lei Municipal nº 2.339, de 13 de dezembro de 1985, todo o lixo proveniente de varreduras de dejetos e materiais do cemitério deverão ser consumidos em unidades centrais de incineração adequada, de modo a evitar a poluição do ar. Salles acredita que a nova construção privilegiará mais o modelo vertical, que constituem em prédios onde ficam as gavetas. "Aquele modelo de jogar a terra em cima não se usa mais e Cuiabá está aos poucos adotando esse novo método".
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