Vendas de remédios sem prescrição diminuíram 60%, diz farmacêutico
As vendas de remédio isentos de prescrição médica (comprimidos para dor de cabeça, efervescentes, antibióticos e etc) despencaram cerca 60% do último dia 18 pra cá, segundo o farmacêutico Ricardo Borges de Castro, da rede Droga Chick . Tal queda se deve à resolução numero 44 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibiu a exposição do fármaco ao alcance dos clientes. Os medicamentos agora têm de ficar atrás do balcão.
Com a nova norma, os clientes precisam falar com o farmacêutico para comprar o medicamento. “Se eles têm uma dor de dente, ao invés de pegarem qualquer remédio, eles falam o que sentem e a gente indica. E ele não toma o remédio errado”, afirma Ricardo, que se diz favorável à nova regra.
Após a resolução entrar em vigor na quinta-feira (18), uma liminar garantiu o direito das farmácias associadas ao Sindicato do Comércio Varejista Farmacêutico (Sincofarma) e à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) de manterem a prática. No entanto, Ricardo explica que tal liminar não isenta a farmácia de ser penalizada. “Cada vigilância sanitária age de uma forma diferente. Mesmo com a liminar a farmácia pode ser autuada”, alerta.
O Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF/MT) também se manifestou a favor da mudança. Segundo o CRF, essa é uma antiga luta do conselho, que valoriza a figura do farmacêutico.
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