Servidores do hospital Júlio Müller suspendem paralisação
Os servidores técnicos do Hospital Universitário Júlio Müller suspenderam, temporariamente, a greve. Os funcionários aceitaram, com ressalvas, a proposta da reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Maria Lúcia Cavalli, de reduzir provisoriamente a jornada de trabalho de 40h para 36h semanais até que uma comissão, formada por funcionários da diretoria e área técnica, avalie quantas horas de trabalho são necessárias para que o hospital funcione.
Mesmo lutando pela volta da jornada de trabalho de 30h semanais, os servidores afirmam que aceitam a redução para 36h desde que a reitoria documente essa redução, assine uma portaria regulamentando a jornada ininterrupta no hospital e homologue os dois documentos no Ministério Público Federal. Caso contrário, o movimento retomará a greve na terça-feira (02). Segundo o comando de greve, o documento com a decisão seria encaminhado ainda ontem à reitoria.
Na quinta-feira (25), servidores, reitoria e superintendência do hospital se reuniram, com a mediação do Ministério Público Federal, que aconselhou os servidores a suspenderem o ato e aceitarem a jornada de 36h. Os funcionários concordaram com a sugestão, mas afirmam que não vão fazer plantões ou hora extra. Quanto as reclamações de assédio moral, os técnicos foram aconselhados a entrar com processo.
Na assembleia dos servidores ontem, Maria Lúcia voltou a argumentar que a atitude de retomar a carga horária de 40h se deve a liminar que determina a aplicação de uma multa de R$ 300 mil à UFMT caso os serviços do hospital não fossem retomados. De acordo com a reitora, o MPF têm ciência da "drástica" medida tomada. A reitora esclareceu ainda que na nova legislação o Adicional por Plantão Hospitalar exclui as áreas de apoio -lavanderia, cozinha e segurança -, sendo inevitável a terceirização.
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