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Saúde
Sábado - 27 de Fevereiro de 2010 às 06:29
Por: Raquel Ferreira

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Mato Grosso está entre os 5 estados brasileiros que concentram 71% dos 108,64 mil registros de dengue no país. Os dados do Ministério da Saúde mostram ainda que Mato Grosso tem a maior incidência da doença, com 891,7 casos a cada 100 mil habitantes, e 61,9% dos óbitos já confirmados em todo país.

Conforme o relatório sobre notificações em 2010, o número de contaminados é 109% maior que o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 51,84 mil registros entre 1º de janeiro a 13 de fevereiro. Neste sentido, Mato Grosso mais uma vez apresenta um quadro crítico perante a média nacional, com 530% de crescimento.

Apesar do cenário, o coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, nega que o país viva uma situação epidêmica. Somente poderia ser considerado dessa maneira se houvesse aparecimento da doença em todos os municípios do Brasil, porém ele não descarta um possível agravamento.

Além de Mato Grosso, a doença está concentrada em Rondônia, Mato Grosso do Sul, Goiás e Acre. Os municípios mais afetados são Campo Grande (MS), com 12,7 mil casos detectados; Goiânia (GO), com 12,31 mil registros; Aparecida de Goiânia (GO), com 3,28 mil casos; Rio Branco (AC), com 5,05 mil registros; e Porto Velho (RO), com a detecção de 3,41 mil pessoas infectadas. As 5 cidades concentram 34% das notificações.

De acordo com o Ministério da Saúde, o excesso de chuva e as altas temperaturas são pontuais para o aumento de casos, uma vez que facilitam a reprodução do mosquito Aedes Aegypti. A ampliação do número de casos no Brasil é atribuída a recirculação da dengue do tipo 1, que teve mais intensidade no fim da década de 80.

Em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta a circulação da dengue tipo 2 para o quadro enfrentado desde o ano passado.

O estado mais afetado em número de casos é Goiás, com 25.079 notificações, em segundo lugar está Mato Grosso do Sul com 21.050 contaminações, e em terceiro está Minas Gerais com 15.626.

Conforme o Ministério da Saúde, apesar do número da quantidade de casos, a situação de Minas Gerais (78 casos por 100 mil habitantes) não é grave e a incidência é considerada baixa. Naquele estado, o aumento nas notificações concentrou-se em sete municípios: Belo Horizonte (2.000 casos), Montes Claros (1.840), Arcos (1.168), Uberaba (764), Carangola (756), Bom Despacho (681) e Pirapora (667).

Mortes - Em todo o país, foram registrados 21 óbitos em 2010, contra 32 em 2009. Mas os números podem aumentar porque alguns óbitos ainda são investigados. Em Mato Grosso, já são 22 notificações, sendo que 13 casos foram confirmados - o que corresponde a 61,9% das mortes confirmadas em todo país - e 8 estão em investigação.

A última morte suspeita registrada em Mato Grosso foi do menino Guilherme Viana, que ficou 13 dias internado na rede pública de saúde de Cuiabá. Ele era morador do bairro Osmar Cabral e apresentou febre por vários dias. Durante o período dentro da unidade de saúde os médicos não conseguiram diagnosticar o problema da criança, que morreu por "hemorragia digestiva alta", conforme atestado de óbito.





Fonte: A Gazeta

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