Secretário diz que o Democratas tem quase 300 cargos no governo e que não será pedida a entrega das indicações
Novacki rechaça discurso de adversários
O secretário-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, rechaçou ontem as críticas tecidas pelo senador Jayme Campos (DEM) e o prefeito Wilson Santos (PSDB) contra a gestão do governador Blairo Maggi (PR). “Estamos prontos”, respondeu o secretário ao tucano, que chamou a aliança governista para o debate na campanha eleitoral.
Em nome do governador Blairo Maggi (PR), Novacki afirmou que estava respondendo “tecnicamente” às críticas pontuadas pela oposição e tratou com desdém algumas questões. Ele garantiu que o governo não irá pedir os quase 300 cargos que o Democratas possui no governo, pelo menos até a saída de Maggi do comando do Executivo, e avaliou que a atitude é uma decisão partidária, não de Estado. “Vamos continuar contando com o DEM. Nem sempre o que as lideranças falam a base do partido acata. Quando Silval assumir o cargo de governador, aí já é outra história”, afirmou.
Tentando manter o tom técnico da entrevista, Novacki respaldou-se em dados econômicos para sintetizar o que chamou de evolução econômica e social do Estado. “Em 1994, 2% da população de Mato Grosso estava na classe A, 6% na classe B e 92% na classe C, D, E. Hoje, 2% continuam na classe A, 52% foi para a Classe B e 46% está nas demais classes. Além disso, o PIB do Estado cresceu 111% nos últimos anos”, relatou o porta-voz do governo.
Ele usou os números para justificar o uso de políticas macroeconômicas no Estado que, em sua avaliação, trouxeram grandes benefícios sociais. “Quando se melhora a estrutura logística, melhoram as condições de vida de toda a população. Exemplo disso é que somos o Estado que mais gerou empregos formais nos últimos dois anos”, argumentou.
A respeito da crítica tecida por Wilson Santos sobre a concessão de incentivos fiscais, o secretário ponderou que o Estado precisa dar uma estrutura mínima para a iniciativa privada prosperar. “Acredito que o prefeito não tem conhecimento mais aprofundado sobre o assunto”, ironizou.
O mesmo argumento foi usado para rebater a acusação de que Mato Grosso não investe a parcela constitucional de 12% em saúde tampouco investe em segurança pública. “Se não existisse investimentos, as contas do Estado seriam reprovadas. A acusação, no mínimo, mostra desconhecimento dos repasses. Esses são assuntos que precisam ser discutidos com mais técnica, fora do campo político. Enquanto ficar só no discurso, nada vai pra frente”, alfinetou, novamente.
Sobre a declaração de Jayme de que irá retirar as grades que cercam o Palácio Paiaguás para tornar o local um “espaço do povo”, Novacki se esquivou de falar. “Essa afirmação não cabe comentário, não merece”, afirmou.
Eumar Novacki finalizou a coletiva dando o tom da campanha situacionista. “As pessoas estão politizadas. Não cabe mais o discurso vazio. Precisamos de propostas e não podemos retroceder”, apontou.
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