Desembargador nega existência de quadrilha no TJ; Faiad ataca grupos
Em entrevista a um canal de televisão, o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Luiz Ferreira da Silva, rechaçou as especulações de que pelo fato dos 10 magistrados envolvidos em esquema de desvio de recursos superiores a R$ 1,4 milhão, e punidos na terça-feira (23) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há na instituição uma quadrilha atuando.
“Somos 30 desembargadores, apenas três foram objeto de investigação. Portanto restam 27 (sem envolvimento com corrupção)”, defendeu durante posse de advogados no Conselho de Ética da Ordem de Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OABMT), nesta sexta-feira (26).
Silva lembrou que os magistrados punidos já foram notificados e que na próxima Sessão Administrativa do Pleno, terça-feira (2), os desembargadores devem cumprir o que o CNJ determinou caso nesse ínterim, ressaltou, não chegue ao Tribunal nenhum recurso impetrado pelo grupo aposentado compulsoriamente.
Para o presidente OABMT, Cláudio Stábile, a possibilidade de uma liminar contrapor a decisão do Conselho é remota. “A chance de um recurso é remota, mas não impossível”, afirmou em reportagem televisiva. Em entrevista anterior ao Olhar Direto, Stábile já dissera que historicamente “o Supremo Tribunal Federal (STF) acompanha o parecer do CNJ”.
O ex-presidente da Ordem, Francisco Faiad, também presente no evento, foi além e apimentou o discurso. “É preciso abrir urgente concurso de remoção para a Entrância Especial. O TJ não pode ficar sem presidente”. Depois, concluiu “O Tribunal de Justiça em Mato Grosso não podia continuar como estava: grupos lutando por espaço”.
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