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Agronegócios
Sexta - 26 de Fevereiro de 2010 às 05:22
Por: Marcondes Maciel

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As aplicações do Banco do Brasil no agronegócio, em Mato Grosso, atingiram montante de R$ 1,3 bilhão em 2009, incremento de 32% em relação ao volume liberado no ano anterior, R$ 990 milhões. As aplicações englobam operações de custeio, investimento e comercialização agroempresarial e familiar da safra 09/10.

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), o ano agrícola mato-grossense requer investimentos de cerca de R$ 12 bilhões a cada safra. Com o balanço de desembolsos, o Banco supriu pouco mais de 10% da demanda, ficando a maior parte dos investimentos feitos via financiamentos junto às tradings - empresas negociadoras de commodities - e aplicação dos próprios produtores.

Os números foram divulgados ontem pela Superintendência Regional, no mesmo dia em que o Banco do Brasil disponibilizou os números gerais sobre o desempenho no país em 2009. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as estratégias adotadas pelo Banco contra a crise de renda, eclodida em setembro de 2008, são exemplos aos bancos privados.

No segmento de pessoas jurídicas, a carteira de crédito do Banco do Brasil, em Mato Grosso, evoluiu 30%, passando de R$ 770 milhões para R$ 1 bilhão nos empréstimos para capital de giro das empresas.

No segmento de pessoas jurídicas, assim como no agronegócio, a carteira de crédito de Mato Grosso evoluiu acima da média nacional. No país, a evolução foi de 29% em 12 meses, totalizando R$ 125,3 bilhões, com destaque para os empréstimos para capital de giro, que alcançou saldo de R$ 59,3 bilhões.

Já o crédito brasileiro às pessoas físicas expandiu 88,1% em 12 meses e atingiu R$ 91,8 bilhões. Esse montante representa mais de 30% da carteira de crédito total do Banco, contra os 21,7% no ano passado. Entre as linhas de crédito ao consumo, o crédito consignado atingiu R$ 36,5 bilhões. A expansão de 107,2% em 12 meses nessa carteira reforça a posição de liderança do Banco no segmento, com 34,4% de participação no mercado de consignado. O financiamento a veículos cresceu 209,8% em 12 meses e atingiu R$ 20,7 bilhões.

No Brasil, o saldo da carteira de crédito do agronegócio encerrou o ano em R$ 66,4 bilhões, crescimento de 4,3% em 12 meses. Esse montante corresponde a 59,1% de todo o crédito ao agronegócio no país. Cabe destacar o crédito com Pronaf/Proger Rural, que cresceu 21,1% em relação ao ano anterior, com saldo final de R$ 18,3 bilhões que corresponde a 27,5% da carteira.

Em 2009, o BB desembolsou R$ 21,8 bilhões para safra 2009/2010. Deste total, R$ 14,8 bilhões foram destinados para o custeio agrícola, dos quais 66,5% foram contratados com seguro agrícola.

O crédito à MPE (micro e pequena empresa) registrou crescimento de 28,7% em comparação com 2008, saldo de R$ 44,9 bilhões. Destaque para o crescimento de 32,3% das operações de giro. O saldo de R$ 31,2 bilhões dessas operações, ao final de 2009, corresponde a 69,6% da carteira de crédito de MPE.

No ano de 2009, o Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 10,15 bilhões, crescimento de 15,3% em relação a 2008. Esse resultado correspondeu a uma rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 30,7%, retorno anualizado sobre ativos de 1,7% e lucro por ação de R$ 3,95, ante R$ 3,44 do ano anterior.

A forte expansão do crédito impulsionou as receitas financeiras, que totalizaram R$ 65,3 bilhões no ano, 11,9% superior a 2008. Desse total, as receitas provenientes das operações de crédito somaram R$ 41,7 bilhões, ante R$ 34,5 bilhões em 2008, expansão de 21%.

INADIMPLÊNCIA - Apesar de a crise ter provocado a elevação da inadimplência do Sistema Financeiro Nacional (SFN), os índices de atraso no Banco, segundo seus executivos, mantiveram-se ao longo do ano abaixo do SFN. As operações vencidas há mais de 90 dias atingiram 3,3% da carteira ao final de 2009, melhora de 30 pontos base no último trimestre do ano, enquanto o SFN registrou 4,4%.

O montante de créditos baixados como prejuízo atingiu R$ 9,3 bilhões em 2009, o que equivale a 3,5% da carteira de crédito ao final do período. Na média de mercado observam-se perdas equivalentes a 4,9% da carteira de crédito.






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