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Internacional
Quinta - 25 de Fevereiro de 2010 às 19:07

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira o fim da ""batalha ideológica"" entre republicanos e democratas para a aprovação da reforma do sistema de saúde do país.

Em reunião com 40 congressistas, transmitida pelas principais redes de televisão americanas, Obama defendeu seu plano de reforma no setor depois de ter apresentado, na segunda-feira (22), novas propostas que foram rejeitadas pelos republicanos.

"Todos sabemos que isto é urgente e, infelizmente, no decorrer do ano, apesar de todas as audiências que ocorreram e de todas as negociações, e pessoas dos dois lados trabalhando muito nesta questão, isto se transformou em uma batalha muito ideológica, se transformou em uma batalha partidária e política", afirmou.

"O que espero conseguir hoje é que todos se concentrem, não apenas nos pontos em que discordamos, mas se concentrem nos pontos em que concordamos, pois, na verdade, existem pontos de concordância importantes em várias questões." "Se mantivermos a mente aberta e não tentarmos conseguir pontos políticos, então poderemos alcançar algum progresso", disse Obama.

Prioridade

O encontro desta quinta-feira deve durar seis horas e está debatendo o controle de custos do setor da saúde, reformas no setor dos planos, redução do deficit e a expansão da cobertura.

A reforma do sistema de saúde foi uma das promessas de campanha do democrata e é considerada uma das prioridades de seu governo. No entanto, até agora Obama não conseguiu a aprovação. Ao anunciar suas nova propostas na segunda-feira, a Casa Branca afirmou que a iniciativa "ajudará mais de 31 milhões de americanos que não tem condições de pagar o seguro saúde e tornará a cobertura mais acessível para muitos mais".

O correspondente da BBC em Washington Paul Adams afirmou que o encontro desta quinta-feira pode marcar o começo do fim dos debates, com os democratas tentando aprovar a legislação de qualquer jeito. Mas analistas estão céticos. Até mesmo o formato quadrado da mesa onde ocorrem os debates em um prédio próximo da Casa Branca gerou discussões.

McCain

Nesta mesa, o presidente Obama, o vice, Joe Biden, e outras lideranças democratas estão frente a frente com o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, e o senador pelo Arizona John McCain --este último, o candidato derrotado do Partido Republicano à Casa Branca em 2008, quando Obama foi eleito.

O correspondente da BBC em Washington Mark Madell afirmou que Obama pediu ideias dos dois lados, mas os republicanos não parecem estar com um espírito de cooperação e quase não há chances dos cerca de 17 republicanos participantes concordarem com qualquer proposta que seja apresentada nesta quinta-feira.

No final de 2009, a Câmara dos Representantes e o Senado aprovaram versões diferentes da proposta de reforma de Obama. Agora, os congressistas americanos precisam unificar as duas versões, criando um texto único que possa ser enviado para a assinatura do presidente Barack Obama.

Mas, em janeiro, os democratas perderam um assento no Senado para o republicano Scott Brown, do Estado de Massachusetts. Com isso, o partido do presidente Obama perdeu a maioria de 60 assentos no Senado, que facilitaria a aprovação da reforma.






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