Divino Rodrigues de Araújo é suspeito de alugar a arma para os assassinos. O delegado Edward Neves Duarte foi morto ao chegar em casa em Palmas.
Polícia Federal prende suspeito de participar de assassinato de delegado

A Polícia Federal  prendeu preventivamente nesta quarta-feira (24), na região sul de Palmas, o ajudante Divino Rodrigues Araújo. Ele é suspeito de ter alugado armas para os assassinos do delegado da PF, Edward Neves Duarte, morto em novembro do ano passado. Além da prisão, foram cumpridos seis mandados de busca.


 

Conforme informações do delegado da PF, Joaquim Nivaldo de Macedo, o suspeito já foi interrogado, levado ao Instituto Médico Legal para o exame de corpo de delito e encaminhado para o presídio, onde ficará a disposição da Justiça.


 

As buscas foram realizadas nas casas de três dos condenados por latrocínio (roubo seguido de morte) e de de outros suspeitos de participação no crime. Segundo Macedo, foi feito um inquérito principal da morte do delegado, em que foram presos em flagrante os autores e, outro em paralelo para "apurar desdobramentos com a participação de outras pessoas".


 

A arma usada no crime foi furtada de um escrivão da Polícia Civil e, segundo a PF,  já foi apreendida quando os homens foram presos, mas o computador portátil do escrivão e a arma roubada do delegado continuam desaparecidos.

 

Divino Rodrigues Araújo pode responder pelos  crimes de participação no latrocínio, receptação e formação de quadrilha. Juntas, as penas podem chegar a 37 anos de prisão.


 

Já em relação aos mandados de busca, o delegado diz que foram cumpridos e nada foi encontrado.

 

Entenda


 

O delegado Edward Neves Duarte, chefe do núcleo de Inteligência da Polícia Federal no Tocantins, foi assassinado em novembro do ano passado, em Palmas. Duarte foi um dos responsáveis pela Operação Maet, que afastou quatro desembargadores do Tribunal de Justiça do Tocantins, suspeitos de envolvimento na venda de sentenças e manipulação no pagamento de precatórios. O policial federal foi atingido por dois tiros na porta de sua casa, na região central da capital. Socorrido, ele morreu após dar entrada no Hospital Geral de Palmas. O delegado tinha 45 anos e estava na PF há seis. Deixou mulher e dois filhos, de 8 e 3 anos.