Cabo eleitoral de Maggi, Novacki diz que não vai disputar pleito

O secretário-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, confirmou nesta quinta (25) em entrevista ao programa Cidade Independente, da Rádio Cidade, que "pelo menos por enquanto" não pensa em disputar algum cargo eletivo. Ele diz que deixa o cargo no governo estadual para atuar como "cabo eleitoral" de Blairo Maggi (PR), que tenta uma cadeira no Senado no pleito deste ano. O "braço direito" de Maggi diz ainda que o republicano está tranquilo e que "sai do cargo com humildade para disputar as eleições deste ano". "O governador entende que não há campanha fácil, mas também não tem a mesma concepção política de outros líderes de que o povo tem obrigação de elegê-lo. O voto é uma demonstração de confiança e ele vai buscar novamente esse voto para honrar, como fez com os que recebeu nestes dois mandatos”, afirmou Novacki.

O secretário falou ainda sobre sua passagem no governo e sobre os problemas enfrentados por Maggi nos dois mandatos, principalmente quanto à questão ambiental. Defendeu duramente a proposta que o governo levou a Copenhague no fim do ano passado sobre vender créditos de carbono para o mundo. “Acho muito justa a proposta. Os Estados Unidos, por exemplo, fizeram o que quiseram com o meio ambiente deles e se desenvolveram. Então, nada mais justo que, agora, paguem para que nosso desenvolvimento se dê com a preservação das florestas”.

Na mesma área explicou como o governo enfrentou críticas quanto ao MT Legal, copiado por todo o mundo segundo ele, e ao Zoneamento-Sócioeconômico-Econômico. "O ZSEE permitirá que o Estado cresça de acordo com a vocação de cada região". O projeto está na Assembleia Legislativa sendo avaliado e deve ser sancionado pelo governador se for aprovado, no próximo mês.

Para o secretário, a gestão Maggi foi muito feliz em todas as áreas. No entanto, lembrou das dificuldades em alguns setores como segurança, saúde e educação. Ainda assim, lembrou que esses são segmentos cujos gestores de todo o mundo sofrem para resolver. “Se formos avaliar com muita serenidade, percebemos que questões de segurança, saúde e educação têm problemas em todo o Brasil e no mundo. No caso do governo Maggi, creio que o grande legado que deixa para Mato Grosso é a mudança do conceito de fazer política”, avaliou.