Servidora pública do INSS é denunciada por fraudes
O Ministério Público Federal denunciou a servidora pública Maristela de Moraes, acusada de ser a mentora de um esquema de fraudes na concessão de benefícios previdenciários junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social em Cuiabá (INSS), onde trabalhava. Ela é responsável por facilitar a aposentadoria irregular de 7 pessoas, inclusive a da própria mãe e 2 irmãos, e ainda é investigada pela participação na concessão de outros 153 benefícios.
A concessão dos primeiros benefícios "arranjados" por Maristela, de acordo com a denúncia, foi em 2001. Todos os favorecidos recebiam um salário mínimo por mês. Segundo o MPF, Maristela conseguia cúmplices na porta INSS propondo para eles o recebimento do benefício auxílio-doença, amparo social ao portador de deficiência, entre outros, por meio de falsos laudos médicos e suposta influência sobre servidores. As investigações começaram depois de uma representação anônima feita ao MPF. Além de usar o endereço da mãe para todos os benefícios fraudulentos, a denunciada afirmou a um agente da Polícia Federal, que se fez passar por interessado, que poderia conseguir qualquer tipo de aposentadoria que ele precisasse.
Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa de Maristela, a polícia encontrou documentos pessoais, formulários da Previdência Social em branco, receituários médicos do SUS em branco, carteiras de trabalho e exames médicos que sugerem a participação dela na concessão de outros 153 benefícios. Se todos forem comprovados irregulares, estima-se que o prejuízo causado ao INSS alcance R$ 2.099.026,92. Além de Maristela, foram denunciadas mais 7 pessoas: João de Lima Andrade, Ermelinda Pedrosa, Robinson de Moraes, Joana Vitalina de Moraes, Fernanda Marlini Rosa Galvão, Stelemaris de Moraes e Sebastião José da Silva.
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