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Quarta - 24 de Fevereiro de 2010 às 09:50
Por: Patrícia Sanches

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"Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB) podem não ser candidatos ao governo de Mato Grosso", analisa o estudioso político Louremberg Alves. Segundo ele, no caso do tucano a determinação pode partir do próprio PSDB para assegurar a aliança com o DEM, já que cresce em nível nacional a possibilidade do governador de Minas Gerais Aécio Neves disputar o pleito deste ano ao lado do governador de São Paulo José Serra em uma chapa pura de tucanos.

Nesta hipótese, para garantir o apoio irrestrito do DEM, o PSDB se comprometeria em apoiar candidatos democratas em determinados Estados. A mudança no tabuleiro seria provocada principalmente pelo escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e o “jogo de sinuca” envolvendo o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que chegou a ser cassado, mas conseguiu reverter a situação adversa nesta segunda (22). Ambos são do DEM. “Isso tudo resvala de alguma maneira em Serra e a ideia de uma chapa com Aécio cresce no diretório nacional. Se isso acontecer, os democratas exigirão apoio em Estados como Mato Grosso”, avalia Louremberg.

Neste caso, o senador Jayme Campos (DEM) seria o candidato escolhido para disputar o Palácio Paiguás, mesmo que a pesquisa encomendada pela aliança (PSDB-DEM-PTB) aponte Wilson como o mais aceito para a disputa. “Mas, por enquanto, são apenas especulações do que pode acontecer”, pondera o especialista.

Já no caso de Mendes, o analista político afirma que uma força política tenta cooptá-lo para a aliança (PMDB-PT-PR). Assim, ele seria vice de Silval Barbosa (PMDB) e abdicaria do seu projeto ao governo do Estado. “A própria desfiliação do PR para o PSB para mim sinaliza isso, mesmo que ele negue”, afirma. Mas nem tudo são rosas para Silval, porque a crise no PT na disputa interna pelo Senado entre o deputado federal Carlos Abicalil e a senadora Serys Marly já causa estragos na aliança e pode minar a corrida de Silval à sucessão do governador Blairo Maggi. “Se essa situação perdurar, e ao que parece é isso que vai acontecer, Silval pode enfrentar muitas dificuldades e enfraquecer”, avalia o estudioso, que faz um prognóstico ainda maior ao afirmar que a disputa é tão importante que pode mudar até o candidato do governo pela aliança. “Tem um viés nunca visto e uma força expressiva”, argumenta. Assim, neste cenário, Jayme provavelmente estaria em melhores condições de disputar, mas para que isso aconteça é necessário que uma série de fatores ocorram.

Diante de um quadro que depende de tantos fatores para se concretizar, Louremberg pondera que ainda é muito cedo para se ter um cenário político fechado. “Por causa de todas essas possibilidades e hipóteses podemos dizer que nada foi definido. Isso deve ocorrer até o final de março”, ressalta. Ele completa dizendo que toda essa indefinição faz com que a população não saiba ao certo quem serão os candidatos e, por isso, ainda há tantos eleitores indecisos.





Fonte: RD News

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