Obra deve potencializar o turismo na região do Pantanal em Mato Grosso. Entre as medidas previstas está a construção de pontes de concreto.
Revitalização de estrada de acesso ao Pantanal deve custar R$ 15 milhões

Um projeto de revitalização da Transpantaneira (MT-060) prevê modificações ao longo dos 142 quilômetros da rodovia, incluindo a implantação de pontes de concreto, terraplanagem, sinalização viária entre outras ações. O governo mato-grossense estima investir R$ 15 milhões e entregar tudo antes de 2014.


 

O superintendente de obras da Secretaria de Transportes, Tércio Lacerda de Almeida, explica que a obra vai beneficiar tanto o setor produtivo estadual, quanto potencializar o turismo na região, já que a estrada é a porta de acesso ao Pantanal de Mato Grosso.


 

“Todo mundo ganha com as mudanças, pois com as novas estruturas não haverá problemas constantes de pontes estragadas. Isso vai diminuir os gastos do Estado com estes reparos. Serão 31 novas travessias até a comunidade do Pixaim no Km 70”.


 

Almeida pontua também que o edital da obra já está em construção. “Começamos a construir o edital das obras para dar celeridade ao processo e aproveitar a época da seca. Assim que as edificações forem licenciadas estaremos prontos para executar o projeto”.



 

O pecuarista da região, Diogo Dorileu, contou ao Agrodebate quais as dificuldades ele encontra na estrada. “Em uma semana foi preciso passar 40 vezes pela Transpantaneira. A situação é horrível, a maioria das pontes está estragada, é uma condição de muito sofrimento para quem depende dela. Durante o período das chuvas a passagem piora com os atoleiros”.


 

A infraestrutura também já virou motivo de reclamação, inclusive para os turistas que viajam pela rota, como conta Diogo Dorileu. “As precariedades causam uma péssima impressão para os visitantes”.


 

De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), a obra deve superar os R$ 15 milhões, sendo R$ 12 milhões em gastos apenas para construir pontes de concreto.


 

“As pontes de concreto não possuem o pilar central, com isto as plantas aquáticas não ficarão presas à estrutura, interrompendo o caminho natural delas. Outra questão é que não será mais necessária a extração da madeira para reparos nas pontes. Como as edificações são pré-montadas não haverá problemas durante a implantaçãodas estruturas”, afirmaram técnicos da Secretaria consultados pelo Agrodebate.


 

A implantação das novas pontes de concreto é uma reivindicação que moradores do município de Poconé fizeram durante reunião com a Sedtur ainda em 2012. À época, eles elencaram os maiores gargalos na rodovia, criada na década de 1970.