Para ministério, há risco de bebês se contaminarem por vírus usado na produção da vacina
Mães amamentando devem evitar vacina de febre amarela
Nova recomendação do Ministério da Saúde orienta mulheres que estão amamentando a adiar a vacinação contra a febre amarela até a criança completar seis meses. De acordo com a pasta, há risco de os bebês serem contaminados pelo vírus atenuado da doença, usado na fabricação do imunizante.
Caso não seja possível adiar, o ministério recomenda que as mães retirem o próprio leite antes da imunização e o congelem para uso durante os 14 dias subsequentes à vacina, quando o vírus atenuado ainda pode estar presente no alimento. Outra alternativa é recorrer a bancos públicos de leite materno.
As alterações nas orientações para quem está amamentando ocorreram em razão de o Brasil ter registrado, pela primeira vez na história, dois casos em que mães vacinadas contra a doença transmitiram às crianças, por meio do aleitamento, o vírus atenuado. Os dois bebês, que apresentaram problemas neurológicos, no momento estão bem, mas seguem sob acompanhamento. Os casos ocorreram em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, a 196 quilômetros da capital gaúcha.
Atualmente existe recomendação para a vacina na maior parte do país, em razão de o vírus causador da doença ter se difundido entre 2008 e o ano passado no Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país. No total, 51 casos da doença foram registrados no período, com 21 mortes, e 22,4 milhões de vacinas foram distribuídas.
Desde 2007, 112 casos de reações adversas ao imunizante, como as que ocorreram com as crianças, já foram computados pelo ministério. A vacina é fabricada desde o fim dos anos de 1930 pelo laboratório público Biomanguinhos, da Fiocruz.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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