Sindicato contesta as demissões registradas pela Oi/BrT em MT
Desde que finalizou a compra da Brasil Telecom em janeiro de 2009, a Oi, empresa de telecomunicações, demitiu 41,73% dos empregados em Mato Grosso, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Telefônicos de Mato Grosso (Sinttel). Os cortes atingiram também os prestadores de serviço, em que os desligamentos devem chegar a 39% do quadro atual composto de 640 funcionários, segundo estimativas do sindicato trabalhista. Por conta disso, o presidente da entidade, Lauro Siqueira, afirma que vai acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT), já que o acordo feito com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), na ocasião da compra, era pela manutenção por pelo menos 3 anos, do mesmo quadro de empregados.
Uma assembléia extraordinária foi convocada para amanhã (24) com os funcionários. "Dependendo do resultado, vamos promover paralisação das atividades como forma de protesto às demissões". A alegação da empresa, Siqueira, é a redução de custos. "Eles alegam que herdaram uma dívida alta, mas esse é o ônus da compra".
A Oi enviou nota informando que decidiu, após estudos internos, por novo modelo na contratação de prestação de serviços de operação e manutenção da planta externa. A ideia é simplificar a gestão desses procedimentos, sendo uma das principais mudanças, a administração direta dos contratos com os prestadores de serviços da região II, de abrangência da antiga BrT, assim como ocorre nas regiões I e III. Atualmente esse serviço é prestado por 11 empresas em modelo diferente na região da antiga BrT e na região da Oi. Outro da mudança é que os contratos terão maior duração, padronizados em 5 anos. O novo modelo prevê ainda a automação de alguns processos e de atendimento. "Os prestadores de serviço passam a ter ganho de eficiência e escala", diz a nota.
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