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Agronegócios
Terça - 23 de Fevereiro de 2010 às 04:33
Por: Vívian Lessa

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Preço do grão está inferior este ano em vários municípios do Estado
Preço do grão está inferior este ano em vários municípios do Estado

Produtores de Mato Grosso calculam prejuízos com a desvalorização no preço da saca de soja e estimam pedir subsídio do governo federal para garantir o preço mínimo na comercialização do grão. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Glauber Silveira, a expectativa para o setor neste ano está relacionada às constantes perdas no campo, provocadas pelo excesso de chuvas e pela proliferação da ferrugem asiática. O produtor destaca ainda que a queda no preço da oleaginosa, incentivada pelo aquecimento do mercado internacional, pode contribuir para o desempenho negativo da cultura este ano. "Tudo indica que não teremos um bom ano para a soja em Mato Grosso".

O presidente da Aprosoja afirma que a dívida acumulada na atividade, em investimentos e produção, chega a R$ 1,5 mil por hectare. Essa situação, segundo ele, pode piorar com a tendência de baixa renda prevista para 2010. "Com o preço da saca em decadência teremos que pedir apoio do governo para a comercialização". Silveira ainda afirma que algumas regiões já necessitam do subsídio federal. "No município de Sinop, por exemplo, a saca custa R$ 25, preço que não permite investimentos, somente cobre custo de produção".

O último levantamento do Instituto de Economia Agropecuária (Imea) mostra que a soja, em Mato Grosso, já acumula 15% de desvalorização mensal nas 13 cidades acompanhadas pela entidade. Em Rondonópolis, polo industrial do setor, a saca de soja fechou a semana passada cotada a R$ 30,70, valor que é 28% inferior ao registrado há exato um ano, período em que o produtor custava R$ 43.

Paralelo ao desempenho econômico da soja, a colheita do grão atinge 395 mil hectares no Estado. Volume que poderia ser maior se não fosse a chuva constante. Com a demora da colheita, o produtor já lamenta as perdas no campo. "É desesperador. A lavoura está passando do tempo para ser colhida", desabafa o presidente da Aprosoja, que afirma ainda não ter número para indicar o total de prejuízos estimados para esta safra.





Fonte: A Gazeta

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