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Terça - 23 de Fevereiro de 2010 às 01:25
Por: Ângela Jordão

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Julgamento marcado para acontecer hoje no CNJ promete ser histórico para o Poder Judiciário de MT
Julgamento marcado para acontecer hoje no CNJ promete ser histórico para o Poder Judiciário de MT

Os corredores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi palco ontem de uma intensa movimentação em torno do julgamento dos três desembargadores e sete juízes envolvidos no suposto esquema de desvio de recursos do Tribunal de Justiça (TJ). Representantes contra e a favor dos envolvidos, e até alguns dos próprios magistrados denunciados, fizeram lobby junto aos conselheiros do órgão.

Nos bastidores, os comentários eram de que o julgamento pode não ser concluído na sessão plenária de hoje, já que um dos conselheiros poderá pedir vistas. O julgamento é polêmico e difícil, já que os conselheiros terão que decidir pela punição ou não do presidente do Tribunal de Justiça Grosso, junto com mais dois desembargadores e mais sete juízes. A punição pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) é a aposentadoria compulsória. O relator do processo é o conselheiro Ives Gandra, que é ministro do Superior Tribunal do Trabalho.

Estão envolvidos no caso, além do presidente do TJ, Mariano Travassos, o ex-presidente do Tribunal, José Ferreira Leite, e o desembargador José Tadeu Cury. Também foram acusados de participar do esquema os juízes Antônio Horário, Marcelo Souza Barros, Marco Aurélio dos Reis Ferreira (filho de José Ferreira Leite), Irênio Lima Fernandes, Juanita Clait Duarte, Graciema Caravellas e Maria Cristina Simões.

O caso surgiu em 2008, a partir da denúncia do ex-corregedor do TJ, Orlando Perri. José Ferreira Leite é acusado de ter montado dentro do Tribunal um esquema de pagamentos de verbas indenizatórias e supostas correções monetárias, considerado pelo Ministério Público Federal como irregular, e os magistrados beneficiados com os pagamentos teriam “emprestado” o dinheiro para socorrer o Sicoob Pantanal e a loja maçônica Grande Oriente.

Os acusados se defendem, dizendo que tinham direito aos créditos que poderiam emprestar o dinheiro a quem desejassem.

Lobby - Ontem, representantes do MCCE-MT Movimento Moral (movimento organizado pela moralidade pública e cidadania) e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral se encontraram em Brasília com o conselheiro do CNJ, Jorge Hélio Chaves – que no CNJ representa o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entregaram cópias de um resumo de todas as acusações que recaem sobre os dez magistrados que estarão no banco dos réus e pediram punição para os envolvidos. A OAB de Mato Grosso declarou que espera um “julgamento rápido e justo”.

Mas, nos corredores do CNJ, também foram vistos os advogados dos desembargadores e magistrados e alguns dos próprios magistrados. Os envolvidos negam irregularidades nos recebimentos.






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