Juiz argumenta que créditos do Tribunal são legais
Às vésperas do que pode se tornar o maior julgamento da história do judiciário brasileiro, os juízes Antônio Horácio da Silva Neto e Irênio Lima Fernandes, acusados de participar do chamado “Escândalo da Maçonaria“, procuraram nesta segunda-feira (22), os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, na tentativa de argumentar em favor de suas defesas.
Irênio Lima Fernandes trouxe documentos e extratos bancários que comprovam a legalidade dos recursos recebidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Segundo ele, o Tribunal de Contas do Estado e a Corregedoria da Justiça atestam a legalidade dos créditos recebidos por ele e por mais 183 magistrados que receberam os recursos.
“Recebi os recursos, composto por salários e décimo-terceiro, declarei o Imposto de Renda e emprestei parte para a cooperativa de forma totalmente lícita. As provas estão nos autos. Não há como receber de forma indevida se outros 183 magistrados também receberam. Além disso, o valor que recebi chega a um quinto do que muitos magistrados receberam no mesmo dia”, justificou.
Em entrevista concedida nos corredores do CNJ, onde o juiz aguardava ser recebido pelo conselheiro Felipe Locke, Irênio Lima Fernandes defendeu os princípios da Maçonaria, na qual se defende o lema da ‘Igualdade, Fraternidade e Liberdade’. “Sempre fui católico praticante e entrei para a maçonaria aos 27 anos porque percebi que se trata de uma entidade séria, reservada, onde os assuntos que são lá tratados ficam restritos à Maçonaria”, manifestou.
Já o juiz Antônio Horácio da Silva chegou ao CNJ acompanhado pelo conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil, José Guilhen. Ao se negar a conceder entrevista ao Olhar Direto, o magistrado limitou-se a declarar que sua defesa será apresentada somente no julgamento desta terça-feira.
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