Avalone deflagra campanha fora de época e alega perseguição
O empreiteiro e suplente de deputado estadual Carlos Avalole (PSDB) deflagrou campanha extemporânea ao distribuir boletim informativo datado de janeiro de 2010. Ele é pré-candidato a uma das 24 vagas da Assembleia e, no jornal de quatro páginas, se intitula deputado estadual. Na verdade, Avalone é o primeiro suplente do partido na Casa e, com isto, acabou substituindo o titular da vaga, Guilherme Maluf (PSDB), entre março de 2007 e o início de 2008.
No boletim, o tucano tenta passar a imagem de que é um deputado preocupado com o esporte e o abastecimento de gás natural. Tanto que ilustra o jornal com seis fotos da atividade parlamentar, algumas posadas e outras em meio à população, recebendo alunos de uma escolinha de futebol do bairro Três Barras e numa reunião com representantes do setor de gás natural, onde aparece ao lado do presidente da Assembleia, José Riva (PP).
Avalone destina duas páginas do informativo para reproduzir uma reportagem publicada em dezembro de 2009, no jornal Folha do Estado, sobre a prisão dele na Operação Pacenas. Na entrevista ping-poing, o tucano se diz vítima de perseguição ao ter o nome envolvido nas supostas fraudes nos processos de licitação. Ele foi preso em agosto de 2009, junto com outros 10 empreiteiros, advogados e servidores públicos foram presos.
No jornal, Avalone nega o “acórdão” com a deputada Chica Nunes, ex-PSDB e hoje no DEM, para que ela solicitasse licença da AL em benefício dele. Com a manobra, ele ganharia foro privilegiado nos processos da Pacenas. Para contrapor a situação pouco indigesta, Avalone diz, na entrevista, que o próprio deputado Guilherme Maluf (PSDB) ofereceu o posto ao ver a situação do colega tucano. Segundo Avalone, uma sequência de fatos levavam a crer que havia um acordo com Chica, mas o suplente garante que isso nunca ocorreu. Ele diz jamais ter pressionado Maluf. “Foi uma maldade muito grande que criaram comigo. Nunca fui atrás disso”, defende-se. Avalone alega ter sido condenado prematuramente pela imprensa. Em relação à corrida ao governo do Estado, ele avalia que o prefeito cuiabano Wilson Santos é o candidato natural à sucessão do governador Blairo Maggi (PR).
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