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Quarta - 24 de Julho de 2013 às 05:39

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Os ambulantes voltaram a ocupar as ruas da região central da Capital, menos de 7 meses depois da abertura do Centro Popular Comercial, no Porto. Lojistas reclamam da falta de fiscalização, principalmente no final de semana, quando a situação fica caótica.


 
Quem passa ou caminha pelo centro de Cuiabá, já se acostumou a ver as diversas barracas montadas ao longo das praças, pontos de ônibus, calçadões e ocupando as frentes de diversos estabelecimentos comerciais. A disputa pelo território é tão grande que muitos lojistas têm medo de se pronunciar e depois sofrer algum tipo de retaliação por parte dos vendedores ambulantes. “Há mais de cinco anos brigo com a CDL e com a prefeitura para que estas barraquinhas se mudem da frente da minha loja. Os camelôs até saem por um tempo, depois voltam outros vendendo outras mercadorias”, afirmou um empresário que não quis se identificar.


 
De acordo com o diretor da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Roberto Perón, não é de hoje que o acúmulo dos ambulantes tem sido um problema para o comércio local. Ele afirmou que a CDL comunicou a prefeitura e acionou o Ministério Público Estadual (MPE) para resolver a questão, porém o problema volta a se repetir.


 
Segundo Perón, nos finais de semana, quando o movimento é mais intenso, a fiscalização da prefeitura fica inexiste e os vendedores praticamente tomam conta do local. “É preciso que a fiscalização seja constante, não apenas durante a semana, mas aos sábados. Não podemos permitir nem uma barraca, nem cinco, é preciso atender a regulamentação e ao TAC, que foi firmado junto ao Ministério Público, para que com a construção do segundo camelódromo, não haja mais camelôs nas ruas de Cuiabá”.


 
Em 2012 um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com a Prefeitura Municipal de Cuiabá, a CDL, o Ministério Público Estadual e a Associação dos Camelôs, onde os ambulantes seriam redirecionados para as dependências do novo shopping.


 
Em janeiro a prefeitura inaugurou o shopping popular e os ambulantes foram redirecionados.


 
CAMELÔS - Os comerciantes do Centro Popular Comercial, no Porto, reclamam que uma obra, para a Copa do Mundo de 2014, que está sendo executada em frente ao imóvel e fez com que o movimento despencasse até 90% na região e por isto muitos profissionais voltaram a trabalhar em outros lugares.


 
Com a baixa movimentação na região, a Associação dos Camelôs encaminhou um pedido para que a Prefeitura Municipal de Cuiabá libere um alvará temporário para aproximadamente 60 comerciantes trabalharem nas ruas do centro nas segundas e sábados.


 
Segundo Aparecida Ribeiro de Oliveira, presidente da Associação dos Camelôs, Vendedores Ambulantes e Permissionários de Cuiabá, por conta da obra, nem os ônibus estão passando no local.


 
O vendedor Gildemar Pirapo dos Santos, de 48 anos, trabalha com venda de confecções. Segundo ele, normalmente ele conseguia lucrar por volta de 1,2 mil reais, após a obra o valor diminuiu muito. “Nos últimos meses tiro R$ 200 ou R$ 300, a situação está cada vez pior, assim não tem como continuar”.


 
O promotor de Justiça Gerson Barbosa afirmou que houve uma reunião com a prefeitura, o MPE e a associação. Segundo ele, os vendedores do centro estão irregulares. Ele diz que ficou a cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente resolver a situação.


 
A Prefeitura Municipal de Cuiabá, por meio da assessoria, informou que um pacto está sendo firmado para que os ambulantes trabalhem no centro até o fim da obra, porém após o término, eles não mais poderão permanecer no local.





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