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Internacional
Domingo - 21 de Fevereiro de 2010 às 06:57

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Os ministros de Assuntos Exteriores da França, Bernard Kouchner, e da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, querem promover o reconhecimento a um hipotético Estado palestino em até 18 meses, mesmo que as fronteiras com Israel não fiquem definidas até lá, informaram à Agência Efe fontes diplomáticas israelenses.

Ambos os representantes pretendem escrever um artigo defendendo a ideia e publicá-lo em vários dos principais jornais europeus, disse um alto funcionário da diplomacia israelense que pediu para não ser identificado.

Com a iniciativa, Espanha, à frente da Presidência rotativa da União Europeia (UE), e França dariam seu apoio ao plano apresentado há seis meses pelo primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad. Nele, está previsto o estabelecimento de bases econômicas, legais e de segurança para a declaração unilateral de um Estado palestino em meados de 2011.

O processo de paz entre israelenses e palestinos encontra-se estagnado desde a ofensiva israelense contra Gaza há pouco mais de um ano, na qual cerca de 1.400 palestinos morreram.

Nas últimas semanas, especulava-se apenas a possibilidade de as partes reiniciarem um diálogo indireto por meio do enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell.

Mas a iniciativa europeia, revelada hoje pelo jornal israelense "Ha""aretz", foi apresentada por Kouchner em entrevista publicada ontem no semanário francês "Le Journal du Dimanche".

Na entrevista, o ministro se diz a favor da "rápida proclamação de um Estado palestino e de seu reconhecimento imediato pela comunidade internacional, antes inclusive da negociação das fronteiras".

"Estou tentado isso (...). Não tenho certeza de que (os países da UE) me acompanharão nem sequer de que isso está certo" de acontecer, afirmou Kouchner, que esta noite janta em Paris com o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, esperado amanhã para uma reunião com seu colega francês, Nicolas Sarkozy.

O alto funcionário da diplomacia israelense criticou a proposta franco-espanhola ao considerar que "as soluções rápidas ou mágicas não só não resolvem os verdadeiros problemas como dificultam ainda mais difícil sua solução, ao fomentar a intransigência e a rejeição".






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