Liberdade ilegal foi descoberta quando criminoso foi intimado para depor
"Falha" no presídio beneficia latrocida
Um criminoso acusado de matar um mototaxista a pauladas e depois vender a moto dele foi solto por uma "falha" do sistema prisional. José Maria dos Santos, 29, havia sido preso cerca de 7 meses após o crime, ocorrido em junho de 2009, na localidade de Formigueiro, em Várzea Grande. Ele foi localizado em Tangará da Serra (239 km a médio-norte de Cuiabá), no dia 3 de fevereiro, onde acabou preso. Ele é réu confesso do latrocínio (roubo seguido de morte) de Flávio Eduardo Junges, 21, executado com requintes de crueldade. Ao depor para o delegado Gianmarco Paccola Caporani, da Delegacia de Roubos e Furtos em Várzea Grande (Derfv), ele narrou com detalhes como cometeu o crime.
O delegado descobriu que José, que também responde por tráfico, foi liberado ao chamá-lo para novo depoimento, quando foi informado pela administração da Penitenciária Central do Estado que ele foi solto "por engano".
Segundo Paccola, o acusado confirmou que o assassinato foi premeditado, tanto que um dia antes José Maria e um cúmplice haviam programado a execução. José Maria chegou a ir ao ponto do encontro, mas como o cúmplice se deparou com uma barreira da Polícia Militar no percurso, acabou desistindo. Então o crime foi transferido para o dia seguinte. Foi na noite do dia 24 de junho de 2009. A vítima foi atraída por José Maria com uma proposta de fazer uma corrida para a cidade de Poconé. Saiu por volta das 19h e não retornou. O pai da vítima, Dirceu Junges, 48, se preocupou com a demora mas acabou descobrindo que o filho foi assassinado ao assistir o programa Cadeia Neles, quando foi mostrada a vítima da execução. Junges estava revoltado ontem. Disse que este tipo de "falha" só acontece porque a vítima é de família pobre.
Outro lado - A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informa que foi aberto um procedimento administrativo para investigar o que aconteceu.
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