Usina Libra nega proposta para maranhenses
O presidente da usina de cana-de-açúcar Libra, Luiz Carlos Cicianel, negou que a empresa fez contato com os 17 cortadores maranhenses e que tenha "estoque" de trabalhadores. Eles estão há 2 semanas em Mato Grosso vivendo no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra do Bugres (160 km ao norte de Cuiabá) após serem dispensados sem explicação pela indústria localizada em São José do Rio Claro (315 km ao norte da Capital).
O administrador da Libra afirmou que não faz contratação por telefone e que homologa junto às Superintendências Regionais de Trabalho e Emprego (SRTE) a contratação de trabalhadores. "Não tem sentido isso. Eles vieram porque quiseram. O direito de ir e vir é de todos".
Cicianel lembrou que trará 474 cortadores da Bahia, Alagoas e Piauí, mas que tem um acordo com o Ministério Público para que eles já venham registrados dos Estados de origem.
Os trabalhadores maranhenses estão sem trabalho e endividados, já que emprestaram dinheiro para vir para Mato Grosso.
Ontem à tarde, Cicianel se reuniu com o superintendente do Trabalho e Emprego, Valdiney Arruda, para que essa situação fosse resolvida. Arruda disse que a justificativa era a ausência do responsável pela contratação dos trabalhadores. Assim, um substituto aceitou receber os maranhenses. Ao chegarem ao local, foram dispensados. "Eles disseram que, por terem equipes no Nordeste contratando, não havia porque permanecer com os trabalhadores".
A empresa irá ressarcir os maranhenses sobre os gastos que tiveram e pagar uma indenização.
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