Guerrilheiro das Farc é condenado por sequestrar filho de ex-refém
Um juiz colombiano condenou a nove anos e nove meses de prisão o guerrilheiro das Farc Elí Mejía Mendoza, chamado Martín Sombra, pelo sequestro do filho que a ex-refém Clara Rojas teve durante cativeiro, informaram hoje fontes judiciais regionais.
Sombra foi considerado responsável pelo crime de "sequestro simples agravado", informou a Procuradoria Geral da cidade Villavicencio, onde aconteceram a investigação e o processo contra o guerrilheiro, preso em Bogotá.
Mendoza foi o "carcereiro" de um grupo de reféns das Farc no qual estavam a ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt e sua assessora de campanha, Rojas, que estão em liberdade, atualmente. As duas foram sequestradas pelas Farc em fevereiro de 2002, quando viajavam durante campanha eleitoral.
Mendoza derivou da ordem dos rebeldes de separar Rojas de seu bebê, Emmanuel, nascido em 16 de abril de 2004 em algum lugar das selvas do sul colombiano.
Segundo o promotor do caso, que acompanhou a investigação, o filho de Rojas "esteve aos cuidados" de Martín Sombra por ordem de Pedro Antonio Marín (Manuel Marulanda Vélez, ou Tirofijo), chefe máximo das Farc morto em março de 2008; e de Jorge Briceño Suárez (o Mono Jojoy), responsável militar da guerrilha.
O bebê, doente, foi deixado em mãos de uma família camponesa de Guaviare que depois o entregou ao Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF). A entidade estatal manteve a criança em uma unidade de Bogotá até a libertação de sua mãe.
Mendoza foi detido em fevereiro de 2008 pela polícia em Saboyá, localidade do departamento (Estado) de Boyacá.
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