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Economia
Sexta - 19 de Fevereiro de 2010 às 08:58
Por: Vívian Lessa

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O excesso de chuva registrado em Mato Grosso está causando sérios prejuízos ao setor produtivo de Mato Grosso. A atividade agrícola é a mais afetada no Estado. Os produtores de hortifruti da Baixada Cuiabana reclamam que a atual condição climática impede o desenvolvimento das hortaliças e reduz o ganho na produção, além de aumentar o preço do alimento ao consumidor. "Os prejuízos já são calculados", diz o produtor de Várzea Grande, Osias Evangelista de Souza, que estima perda de renda em 257%.

Ele explica que atualmente ganha R$ 700 por mês, valor que é inferior aos R$ 2,5 mil estimados em meses com pouco incidência de chuva. Souza ressalta que a queda na produtividade faz aumentar o preço do produto para o consumidor final. Conforme ele, o reajuste no preço das hortaliças, em alguns casos, chega a 150%. "O alface, que é a hortaliça com mais dificuldade para se desenvolver em período de chuvas, está custando entre R$ 12 a R$ 15 a dúzia, sendo que no tempo menos chuvoso, era vendido a média de R$ 6", aponta o produtor que ressalta tirar o sustento com a venda de cebolinha, que sofre menos com o período úmido, cujo preço já teve valorização de 100%, passando de R$ 2,50 para a média de R$ 4 a R$ 5 (dúzia).

O assessor da Agricultura Familiar da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), Ediberto Marques, destaca os problemas pontuais ainda não são alarmantes. "Não há reclamações de produtores com perda significativa de produção". No setor de grãos, a preocupação é concentrada na colheita da soja e no plantio do milho. Embora seja cedo para estimar os prejuízos nesse setor, o gerente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), Thiago Mattosinho, prevê que a produtividade da oleaginosa pode ficar abaixo dos atuais 3 mil quilos por hectare.

Segundo ele, a chuva atrasou a colheita da soja em pouco mais de 5%."Atualmente 25% da área plantada no Estado já foi colhida, sendo que o desempenho poderia ser superior a 30% se o tempo estivesse seco". Conforme o representante da Famato, as mesmas condições da soja podem ocorrer com o plantio do milho, que já chega a 49% da área estimada no Estado. "Se a chuva não der trégua teremos grandes prejuízos também para o escoamento da produção", diz Mattosinho que aponta para o aumento no número de aplicações de fungicidas nas lavouras do Estado.





Fonte: A Gazeta

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