PP tem a chapa mais forte à federal
Com seis nomes projetados para terem boa votação, o PP apresenta a chapa mais competitiva à Câmara Federal. A expectativa é de garantir ao menos as duas cadeiras já ocupadas hoje pela legenda com Eliene Lima e Pedro Henry e, na sobra, assegurar mais uma vaga. As demais agremiações, inclusive o PR do governador Blairo Maggi e o PMDB do vice-governador e pré-candidato ao Palácio Paiaguás Silval Barbosa, buscam composições proporcionais porque sabem que, sozinhos, terão dificuldades de conquistar vaga. O quociente eleitoral deve chegar a 193,2 mil votos. No pleito de 2006, a soma dos votos de legenda por vaga foi de 179,4 mil. São oito cadeiras em disputa.
Os pré-candidatos majoritários Silval, Wilson Santos (PSDB), Jayme Campos (DEM) e Mauro Mendes (PSB) não conseguem avançar nas composições sem, antes, haver entendimento sobre as alianças, principalmente para deputado federal. Na prática, a eleição majoritária passa por essas composições proporcionais. O PMDB, que aposta todas as fichas na reeleição do seu cacique, deputado Carlos Bezerra, avalia, por exemplo, se é vantajoso ou não fechar composição com PR e PT ou se apenas com uma destas legendas. De todo modo, todos estão temorosos em lançar chapa própria à Câmara, com exceção do PP.
Embora o PMDB apresente outros nomes, como do evangélico e primeiro-suplente Victório Galli, vai centralizar toda estrutura em Bezerra. O mesmo acontece com o PSB, conduzido pelo deputado Valtenir Pereira, que usa o partido como trunfo para reforçar sua candidatura à reeleição. No PP, Pedro Henry aparece como forte candidato, embora carregue sobre os ombros o desgaste político pelo envolvimento do seu nome em escândalos, como no caso da máfia das sanguessugas, e pela queda do irmão Ricardo Henry, prefeito reeleito de Cáceres e que acabou cassado. O deputado conta com apoio, principalmente na região Oeste, de diversos prefeitos e vereadores, que são cabos eleitorais importantes nas eleições gerais. Eliene Lima, que foi vereador por Cuiabá e deputado estadual e chegou à Câmara nas "asas" do deputado José Riva, conseguiu construir sua própria base. Ele pode surpreender em votação e superar os 65.855 votos obtidos em 2006 por ter feito, ao longo destes quase quatro anos, o chamado trabalho de formiguinha em mais de 40 municípios.
O PP apresenta ainda como fortes pré-candidatos à Câmara o empresário Roberto Dorner (ex-PDT), de Sinop, o ex-vereador e suplente de deputado federal Nery Geller (ex-PSDB), de Lucas do Rio Verde, e o secretário estadual de Ciência e Tecnologia e ex-deputado estadual Chico Daltro. O partido espera eleger entre dois a três. O PR vive expectativa de assegurar as duas vagas ocupadas hoje por Wellington Fagundes e Homero Pereira (ambos ex-PPS). O DEM apresenta como principal nome o do ex-governador e ex-senador Júlio Campos.
No PT, o deputado Carlos Abicalil briga com Serys por candidatura ao Senado, mas não descarta projeto à reeleição. Se vier a concorrer ao cargo majoritário, o partido deve lançar como principal nome à Câmara o ex-prefeito de Juína, deputado estadual licenciado e secretário de Educação Ságuas Moraes. O PPS tem como pré-candidato o empresário e suplente Eduardo Moura. O PSDB conta com três nomes fortes à Câmara, mas sabe que, diante de uma eleição tão competitiva, deve assegurar uma cadeira. Thelma de Oliveira, que preside a legenda, busca novo mandato. Os ex-prefeitos Nilson Leitão (Sinop) e Rogério Salles (Rondonópolis) correm por fora.
Quem são os deputados federais por MT
Eliene Lima (PP)
Pedro Henry (PP)
Carlos Bezerra (PMDB)
Carlos Abicalil (PT)
Homero Pereira (PR)
Wellington Fagundes (PR)
Valtenir Pereira (PSB)
Thelma de Oliveira (PSDB)
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