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Quinta - 18 de Fevereiro de 2010 às 00:31
Por: Caroline Lanhi

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Alerta aos moradores de áreas atingidas é para consumirem água potável, filtrada ou fervida
Alerta aos moradores de áreas atingidas é para consumirem água potável, filtrada ou fervida

Sete municípios mato-grossenses sofreram com as últimas chuvas e cerca de 1.080 pessoas foram afetadas por alagamentos e enchentes em 5 cidades do Estado. O caso considerado mais crítico é em Santo Antônio do Leverger (34 km ao sul de Cuiabá), onde 150 famílias ribeirinhas ficaram ilhadas depois que o rio Cuiabá atingiu a cota de alerta, que é 9,45 metros no município. Os ribeirinhos só conseguem ter acesso à região central da cidade por meio de barcos. Em Barra do Bugres (168 km a médio-norte) a situação também é preocupante e a Defesa Civil do Estado está na cidade avaliando os estragos.

Há 239 km da capital, em Tangará da Serra, o rio Sepotuba transbordou, invadindo casas e alagando um trecho da MT-170. Moradores de Peixoto de Azevedo e Cáceres também somam aos demais municípios prejudicados pelas intensas chuvas.

Já na Capital, de acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, João Pedro Zanetti, aproximadamente 30 famílias foram atingidas por alagamentos nos bairros Parque Atalaia, Parque Geórgia, Praerinho e Jardim dos Pinheiros. Vinte e cinco delas precisaram se alojar em ginásios e escolas municipais, mas a maioria já retornou para casa.

Depois de sobrevoar Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço e a Capital, o vice-governador Silval Barbosa explicou que os alagamentos na Baixada Cuiabana se devem a grande quantidade de chuva na região da cabeceira do rio Cuiabá e disse que ainda não há como estimar quantas pessoas ficaram desabrigadas. Silval esclarece ainda que nenhuma comporta da Usina de Manso foi aberta e que a barragem ainda está muito abaixo da cota de alerta.

Mesmo com o nível do rio Cuiabá baixando, a Defesa Civil do Estado garante que continuará monitorando as regiões afetadas, principalmente Barão de Melgaço e Santo Antônio, que apresentam histórico de alagamentos e estão em regiões pantaneiras, pois a previsão é de muita chuva até meados de abril. A mesma atenção é dada a Cáceres, Tangará da Serra e Barra do Bugres, onde o rio Paraguai permanece acima da cota de alerta.

Quanto às medidas de urgência, o vice-governador garantiu que o Estado está atuando em conjunto com os municípios dando todo apoio às famílias com cestas básicas, maquinários, alojamentos e outros serviços. Em Santo Antônio do Leverger, os ribeirinhos que possuem barcos ganharam combustível para ajudar no resgate de famílias ilhadas. "Muitas estradas na região Noroeste foram atingidas e a Secretaria de Infraestrutura já está nos locais para dar condições de trafegabilidade às rodovias".

Previsão - E as chuvas não param em Mato Grosso. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, o período chuvoso se estende até março e, para essa semana, a previsão é de muita chuva nas cidades de Acorizal, Nobres e Rosário Oeste, o que pode elevar o nível do rio Cuiabá na baixada cuiabana. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as próximas 48h serão de tempo encoberto, com pancadas de chuvas e trovoadas em áreas isoladas.

Dicas - A Defesa Civil aconselha os moradores das regiões atingidas pela chuva a consumirem somente água potável, filtrada ou fervida, porque em situações de alagamentos os índices de coliformes fecais aumentam nas águas dos rios.





Fonte: A Gazeta

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