Bill Clinton diz que estresse no Haiti precipitou problema cardíaco
O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton afirmou que o estresse e a falta de sono desde o terremoto no Haiti aceleraram um problema cardíaco que o levou ao hospital para a colocação de dois dispositivos para facilitar o fluxo de sangue nas artérias coronarianas.
Clinton é o enviado especial da ONU para o Haiti e recentemente esteve no país caribenho, onde mais de 200 mil pessoas morreram e 1 milhão ficaram desabrigadas por causa do terremoto de 12 de janeiro.
Na quinta-feira, o ex-presidente, de 63 anos, foi submetido ao procedimento cirúrgico em um hospital de Nova York, depois de sentir desconforto no peito.
"Uma vez que o terremoto do Haiti aconteceu, não dormi muito durante um mês, e isso provavelmente acelerou o que já estava acontecendo com esta veia defeituosa", disse Clinton a jornalistas em um evento destinado a promover a luta contra a obesidade infantil, por iniciativa da Aliança por uma Geração Mais Saudável.
"O que me aconteceu não foi tão raro, mas o que concluo é que não vou mais fazer três voos noturnos em uma mesma semana, porque vou ter de ajudar o Haiti por vários anos. Não posso fazer tudo em uma semana só", disse.
Clinton, presidente dos EUA entre 1993 e 2001, já havia sido submetido a uma cirurgia de implantação de pontes no coração em 2004, para liberar quatro artérias bloqueadas. Ele disse que seria um "terrível erro" parar de trabalhar, e afirmou que pretende gerenciar melhor o seu estresse por meio de descanso, exercícios e alimentação saudável.
"Recebi este dom da vida graças à minha cirurgia há cinco anos, aos remédios que tomo e às mudanças de estilo de vida que fiz. Não quero jogar isso fora sendo um vegetal, quero fazer coisascom (essa vida)", disse Clinton.
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