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Policia MT
Domingo - 14 de Fevereiro de 2010 às 11:01
Por: Jardel Arruda

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O vereador Nelson Neves (DEM), de Nortelândia, acusa dois agentes prisionais da cidade de terem-no levado para uma estrada deserta e feito diversas ameaças por motivos políticos. Após o episódio, ocorrido no dia 5 de fevereiro, ele afirma ter se tornado uma pessoa assustada, arredia e com medo de sair à rua.

“Confesso que estou com medo de andar por aí”, desabafou o parlamentar, em entrevista por telefone ao Olhar Direto. Aparentemente nervoso ao falar do assunto, ele diz ter mudado o modo de agir no dia-a-dia depois das ameaças. “Sou um vereador assustado. Se alguém bater na minha porta, eu não abro mais”.

Nelson conta que os agentes Mario Sérgio e Cláudio Mendes passaram em sua residência usando uma viatura da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e pediram para ele entrar no carro oficial para ‘ter uma conversa urgente’.

O vereador descreve ter ficado assustado com a situação, mas que respeitou o pedido devido ao carro oficial. “Não conheço eles, mas os respeitei por causa da viatura. (...) Caí na deles e montei no carro”, explicou-se, embaraçado por ter sido uma ‘presa fácil’.

Ele afirma só ter percebido algo errado quando falaram para ele não acenar para ninguém. “Senti algo ruim na hora”, detalhou o democrata, em meio a uma torrente de palavras de revolta. Segundo ele, Mário Sérgio e Cláudio Mendes o levaram para uma rodovia pouco movimentada, fora da cidade.

Distante da cidade e longe de transeuntes, ambos os agentes teriam o ameaçado caso ele se recusasse a votar na chapa de Benedito Hudson Monteiro e Mayer (PMDB), conhecido como Bidú, à mesa diretora da Câmara de Vereadores de Nortelândia. Nelson apoia a chapa da vereadora Rubilan Nunes de Oliveira (PMDB), a qual, apesar de ser da mesma sigla, é opositora de Bidú.

O delegado responsável pelo caso, Sérgio Medeiros, disse que pode ouvir os acusados ainda nesta semana, ou, no máximo, até o início da próxima. Segundo ele, os fatos ainda estão em apuração e, como ainda faltam alguns depoimentos, é impossível dizer se há um culpado na situação.

“O que existe é um boletim de ocorrência, no qual o vereador diz que sofreu alguns constrangimentos e ter se sentido ameaçado. Já ouvi a esposa e a mãe do parlamentar, as quais viram ele entrar no carro”, pontuou o delegado.






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