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Internacional
Sábado - 13 de Fevereiro de 2010 às 20:58

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A professora de Biologia Amy Bishop, 42, acusada de matar a tiros três colegas e ferir outros três funcionários na Universidade do Alabama, em Huntsville (EUA) assassinou o irmão mais novo em Massachusetts há mais de 20 anos, informou a polícia americana neste sábado.

Segundo o chefe de polícia Paul Frazier, Bishop matou o irmão Seth Bishop, então com 18 anos, com um disparo contra o peito em Braintree, no subúrbio de Boston. Segundo ele, o caso --ocorrido em 1986-- foi registrado como acidente, mas os arquivos desapareceram.

Nesta sexta-feira, Bishop abriu fogo durante uma reunião do corpo docente de biologia no campus, que tem cerca de 7.500 alunos e fica ao norte do Estado do Alabama.

A polícia investiga o caso, mas os primeiros indícios indicam que um pedido de promoção de Bishop, admitida pela universidade como professora assistente em 2003, era o tema da reunião de professores durante a qual a bióloga abriu fogo contra os colegas.

O marido de Maria Ragland Davis, uma das vítimas do ataque, contou que sua mulher foi à reunião para discutir se Bishop deveria obter a promoção para um status que garante estabilidade no emprego.

A universidade relatou a Sammie Lee Davis que Bishop ficou brava e começou a atirar. Ele alega que sua mulher já havia comentado sobre o estranho temperamento de Bishop, que "não consegue lidar com a realidade" e "não é tão boa quanto pensa".

Vítimas

O porta-voz da universidade, Ray Garner, identificou as outras vítimas como Gopi K. Podila, chefe do Departamento de Ciências Biológicas, e Adriel Johnson.

Os feridos são, ainda segundo Garner, membros do departamento Luis Cruz-Vera, que está em estado estável de saúde, e Joseph Leahy e Stephanie Monticello, que estão em estado grave e sendo atendidos na UTI.

Bishop foi levada algemada na noite desta sexta-feira à delegacia e, segundo a agência de notícias Associated Press, parecia não acreditar na morte dos colegas. "Não aconteceu. Não tem como. Eles ainda estão vivos", disse.

Nenhum estudante ficou ferido no tiroteio, que aconteceu em uma comunidade conhecida pelas indústrias espaciais e de tecnologia.

Surpresa

O incidente ocorreu cerca de 16h15 (20h15 no horário de Brasília), no centro Shelby, um dos prédios de ciências da universidade.

Um dos alunos de Bishop, Andrew Cole, esteve em sua aula de anatomia na manhã desta sexta-feira e disse que ela parecia perfeitamente normal. "Ela é compreensiva e se preocupava com os alunos", disse. "Eu nunca imaginaria que ela fosse capaz de algo assim".

A universidade publicou uma mensagem em seu site nesta sexta-feira informando aos estudantes que campus foi fechado e aconselhando todos a irem para casa. Os conselheiros estavam disponíveis para falar com os alunos.

Houve uma série de ataques a tiros em escolas e universidades americanas nos últimos anos, incluindo um massacre na Universidade Virginia Tech, em 2007, quando um estudante matou 32 pessoas, e depois se suicidou.

com Associated Press e Efe






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