Timão e Lusa encontram "vilão" comum no clássico: o calor
Enquanto em Porto Alegre o Ministério Público determinou que é proibido jogar futebol com temperaturas superiores a 35 graus, em São Paulo os jogadores continuam castigados pelo calor escaldante do horário brasileiro de verão. Neste sábado, no entanto, representantes de Corinthians e Portuguesa, protagonistas do clássico do Canindé, uniram-se em um grito uníssono em busca de providências.
"Chega a ser desumano jogar futebol nesse horário, pois não são quatro, e sim três horas da tarde pelo sol. A Federação precisa ver isso", disparou o volante Elias, que completou cem partidas com a camisa alvinegra e ainda fez o gol que evitou a derrota de sua equipe diante da Portuguesa.
O lateral direito Alessandro, um dos que mais correram em campo, chegando até a cobrir as descidas de Roberto Carlos do outro lado do gramado, endossou as palavras de Elias. "É impossível jogar assim, sinceramente. Você não tem força para tentar uma jogada ou um drible. É brincadeira. Tinha que todo mundo sentar e conversar, mas parece que não vai mudar nunca", disparou.
Pelos lados da Portuguesa, o goleiro Fábio, que evitou o gol da virada corintiana nos acréscimos com uma linda defesa, chegou até a passar mal no gramado após o apito final. E também disparou contra o horário do clássico.
"Isso é ruim para nós, que jogamos, e para vocês (jornalistas), que trabalham e precisam procurar sombras para refrescar. Mas é assim mesmo, pois, quem marca jogo e faz tabela não pega sol, então temos que jogar".
Político: Mesmo concordando que o forte calor atrapalhou o desenvolvimento do jogo e que o horário da partida deste sábado foi impróprio, o técnico Mano Menezes preferiu contemporizar nas críticas e adotou tom mais ameno.
"Foi um fator atípico hoje, talvez em função do carnaval, pois o estádio da Portuguesa é localizado nas imediações de onde acontecem os desfiles. Foi ruim e deu para ver no desgaste dos jogadores, mas há coisa pior", resumiu.
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