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Saúde
Sábado - 13 de Fevereiro de 2010 às 14:51
Por: Jesiel Pinto

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A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) está alertando a população para que fique atenta ao uso das vacinas disponibilizadas na rede de saúde pública. Segundo a técnica responsável pelas Doenças Exantemáticas, Selma Oliveira Marques, “essas vacinas podem evitar várias doenças infecciosas e graves, dentre elas o Rotavírus, o Tétano, a Difteria e a Coqueluche, a Febre Amarela, a Poliomielite, as Hepatites, a Tuberculose, o Sarampo e a Rubéola. No momento, dentre as doenças que podem ser evitadas com o uso de vacinas, a que chama mais atenção é a Rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) ”.

Dentre os motivos dessa preocupação, citada pela técnica, é que alguns dos sintomas da Dengue, como episódios de Febre e Exantemas (manchas no corpo), podem mascarar ocorrências de Rubéola. “Outro fator preocupante é que existem ainda, desde a grande campanha de 2008, que teve o objetivo de romper a cadeia de transmissão do vírus autóctone da Rubéola e da SRC, resíduos de circulação demográfica do vírus tanto em Mato Grosso como no resto do país”, disse Selma Marques.

Números citados pela técnica da Saúde mostram o aparecimento dos resultados dessa circulação residual virótica para a Rubéola: no ano de 2008 houve a confirmação de 96 casos da doença. Nesse mesmo ano aconteceu a grande campanha de vacinação da população mato-grossense (e brasileira) para a eliminação da doença, na qual Mato Grosso alcançou uma cobertura de 96%. Já ano de 2009 o estado recebeu confirmação de 01 caso de Rubéola e 02 casos de Síndrome de Rubéola Congênita, que ainda estão no processo de investigação e conclusão.

“Em vista dessa realidade o Ministério da Saúde tomou duas providências: estendeu a meta de eliminação da Rubéola, no país, para o ano de 2012 orientando as Secretarias de Estado de Saúde a intensificar a investigação adequada de casos, coleta de amostras e notificação”, revelou a técnica responsável pelas Doenças Exantemáticas da Saúde do estado.

Assim, as ações e atividades da Vigilância para a Rubéola e a Síndrome de Rubéola Congênita devem ser realizadas frente a cada caso suspeito (ou confirmado) de agravos. Os técnicos irão investigar casos com Febre, Exantema (manchas), Linfoadenopatia (nódulos também conhecidos como Ínguas) e qualquer situação em que o profissional de saúde suspeite da ocorrência de Rubéola, independente da idade e situação vacinal.

No caso de investigação da Síndrome de Rubéola Congênita a investigação vai se concentrar em recém nascidos cuja mãe já teve Rubéola, ou teve contato com um caso confirmado durante a gestação. Nas crianças de até 12 meses de idade a investigação vai procurar sinais compatíveis coma infecção congênita por Rubéola como Catarata, Glaucoma, Cardiopatias e Surdez.

As ações de Vigilância, nesses casos, são: notificação imediata do caso, investigação feita dentro de 48 horas, coleta de 1ª amostra para Sorologia, realização de bloqueio vacinal, monitoramento do caso durante 30 dias, realização e busca ativa e conclusão do caso realizada pelo critério laboratorial.
“Tudo isso, no entanto, pode ser evitado se homens e mulheres buscarem a vacinação contra a Rubéola”, lembrou Selma Marques.

Segundo a Técnica a melhor prevenção para a Rubéola é a vacina tríplice-viral (Rubéola, Sarampo e Caxumba), que deve ser ministrada a crianças de um a seis anos de idade. A primeira dose é dada com um ano de idade. A segunda dos quatro aos seis anos de idade. Pessoas de outras faixas etárias que não estão vacinadas devem procurar a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência.

A Rubéola é preocupante para a gestante. Se ela adquirir a doença na fase de gestação pode passar a infecção para o feto, o que causa surdez, alterações oculares, cardiológicas, problemas ósseos e outras seqüelas deixadas no bebê. A Saúde do Estado recomenda que os pais que tenham programação de ter um bebê procurem as Unidades de Saúde Básica para orientações quanto às vacinas que devem tomar principalmente a mãe. Nesta fase adulta as recomendadas são as vacinas da Rubéola, Difteria e de Tétano e, ainda, Febre Amarela e reforços. O pai poderá receber a vacina da rubéola.

A gerente de Doenças Imunopreveníveis da SES/MT, Valéria de Oliveira, alertou para outras vacinas disponíveis os na rede de Atenção Básica, lembrando que “as doenças imunopreveníveis, por serem propagadas por vírus (no caso da rubéola e sarampo) ou por bactéria (no caso do Tétano), podem ter sua ocorrência aumentada se não prevenidas com as vacinas, que são encontradas em Postos de Saúde, gratuitamente”.

Rotavírus

O Rotavirus é uma doença cujos sintomas podem incluir febre, vômitos e diarréia, em diferentes graus de gravidade. Valéria Oliveira informou que o Rotavírus é um vírus muito resistente e contagioso que atinge pessoas em toda parte do mundo e de todas as idades. Porém são em crianças de até dois anos que ocorrem os casos mais graves, o que pode ser evitado com a vacinação. A vacina é aplicada em duas doses, sendo a primeira em bebês de dois a três meses e sete dias, e a segunda dose, em crianças de quatro a cinco meses e 15 dias. A vacina a protege o bebê de doenças diarréicas.

Tétano, Difteria, Coqueluche e Haemóphilo

As crianças devem ser levadas às Unidades Básicas de Saúde no segundo mês de vida para serem imunizadas contra as três doenças. Depois, de quatro a seis anos de idade, recebem a dose de reforço. Daí em diante apenas contra o Tétano e a Febre Amarela recebem uma dose a cada 10 anos. Em casos de gravidez, ou quando a pessoa for acidentada, deve tomar, também, uma dose da vacina contra o tétano.

Febre Amarela - A Febre Amarela é uma doença infecciosa, causada pelo vírus amarílico. A doença ataca o fígado e os rins e pode levar à morte. Existem dois tipos diferentes de febre amarela: a urbana e a silvestre. Nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da Dengue.
Qualquer pessoa pode se vacinar. A dose não apresenta contra-indicações e deve ser tomada a partir dos seis meses de vida.

Poliomielite

A doença já está erradicada no Brasil, mas em vista de continuar ativa em outros países e sempre haver o perigo de ser trazida de volta devido ao fluxo global de viajantes, o Ministério da Saúde promove campanha anual de vacinação, em duas etapas. Crianças de zero a cinco anos devem ser levadas aos Postos de Vacinação para vacinação de rotina e duas vezes, nas épocas de campanha.

Hepatite

O tipo mais comum de Hepatite é a do tipo B, que pode ser evitada com vacina apropriada. São necessárias três doses para imunização total da criança. A primeira dose deve ser administrada na maternidade ao nascer, de preferência nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. A segunda dose deve ser administrada no primeiro mês de vida. A terceira dose deverá ser tomada no sexto mês de vida. Adolescentes até 19 que não receberam a vacina devem procurar uma Unidade de Saúde para serem vacinados.

Tuberculose

A vacina específica contra a Tuberculose é a BCG intradérmica. Ela deve ser tomada na maternidade, no 1º mês de vida, junto com a 1ª dose da vacina da hepatite B.

Todas as vacinas estão disponíveis nas unidades públicas de saúde do Estado, são gratuitas e, em caso de viagem, a recomendação é de se verificar a situação vacinal 10 dias antes da data prevista e estar conservando o cartão da vacina. Outra vacina disponibilizada na Rede SUS é a vacina contra a gripe para pessoas acima de 60 anos de idade.






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