Operação chega a R$ 19 mil de multas
Objetos artesanais confeccionados com partes de animais silvestres foram apreendidos em Mato Grosso pelo Ibama durante a operação Moda Triste, realizada em todo o país. No Estado, as equipes aplicaram R$ 19 mil em multa em Chapada dos Guimarães (a 65 quilômetros) e em Canarana (a 838 quilômetros).
No município da região nordeste, o proprietário recebeu atuação de R$ 18,5 mil durante a fiscalização realizada na quarta-feira. No local, os fiscais encontraram 84 artefatos feitos com penas de araras, como, por exemplo, colares, brincos e cocares, além de 44 outros objetos elaborados com partes de animais, como dentes e cascos de tartaruga. A suspeita é que os produtos eram comprados de índios da região do Xingu.
Já em uma loja no centro de Chapada dos Guimarães, o Ibama encontrou um objeto de penas de aves silvestres, que acarretou uma multa de R$ 500. Os nomes dos infratores não foram informados. Os dados das apreensões serão encaminhados ao Ministério Público Estadual (MPE) e os proprietários das lojas deverão responder por crime ambiental.
O chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama, Rodrigo Dutra, explica que assim como o tráfego de animais silvestres é proibido, também é ilegal o uso de partes deles para a elaboração de objetos para venda, de acordo com o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais. A pena prevista é de multa e detenção de seis meses a um ano.
Os fiscais não realizaram flagrantes em Cuiabá. “Tem diminuído bastante o uso de animais para a confecção de enfeites, tanto no comércio formal quanto informal. Parte disso se deve principalmente a conscientização da sociedade e repreensão à prática, pois é crime. Geralmente esses animais são mortos para esse fim”, fala Dutra.
Em todo o país o Ibama aplicou R$ 735 mil em multas e aplicou mais de 60 autos de infração. Em 2007, o órgão federal realizou a primeira edição da operação Moda Triste no Brasil e, na época, apreendeu nove mil peças, que somaram R$ 3 milhões em multas.
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