MPE denuncia responsáveis pelo “Golpe do Rodeio”, em Cáceres
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Cáceres, protocolou nesta quinta-feira (11/02), denúncia contra os envolvidos no “Golpe do Rodeio”, ocorrido no final do ano passado. Sete pessoas foram denunciadas sob a acusação de terem causado prejuízos de aproximadamente R$ 1 milhão a 57 vítimas. Os golpes foram aplicados por meio de pagamentos a fornecedores e comerciantes locais com a utilização de cheques sem fundos e notas promissórias frias.
Foram denunciados: Valter Alves de Mattos, Maicon Cristiano de Mattos, Renato de Mattos, Vanderlei Alves de Mattos, Lilian Pelegrini, André Luiz de Souza Anastácio e Marcelo de Oliveira Pinheiro. Os sete estão com prisão preventiva decretada, mas, até o momento, somente os três primeiros foram presos. O grupo vai responder por formação de quadrilha e estelionato.
“Tendo em vista que os acusados foram denunciados pela prática de crimes em continuidade delitiva e, levando em conta o número de vítimas, o montante do prejuízo causado ao comércio local e demais circunstâncias, o Ministério Público prevê e pleiteará uma pena superior a 15 anos de reclusão para cada acusado”, informou o promotor de Justiça Samuel Frungillo.
Consta na denúncia, que os acusados adquiriram dois supermercados em Cáceres, Rodeio I e II, e efetuaram compras de mercadorias, bens e vestuários com cheques sem fundos e notas promissórias frias. No final do ano, o grupo fugiu da cidade com boa parte da mercadoria adquirida. Além dos golpes aplicados nos fornecedores e comerciantes, os denunciados deixaram de quitar dívidas trabalhistas dos funcionários que trabalhavam nos referidos estabelecimentos comerciais.
“Extrai-se dos autos que a intenção da quadrilha era clara, tanto que aproximadamente um mês antes dos denunciados evadirem-se da cidade, duas carretas realizavam serviço de retirada de mercadorias do interior dos estabelecimentos comerciais durante o período noturno e nos finais de semana”, destacou o promotor de Justiça, em um trecho da denúncia.
No referido documento foram apresentados 56 fatos relacionados às fraudes cometidas pelos denunciados. Segundo o MP, foram constatados prejuízos com a aquisições de gêneros alimentícios, bebidas, produtos de limpeza, cartões de recarga de celulares, sistema de monitoramento de segurança, veículos, fardos de açúcar, entre outros produtos. A denúncia é composta por 50 páginas.
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