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Nacional
Quinta - 11 de Fevereiro de 2010 às 12:57

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Uma reportagem publicada nesta quinta-feira pelo diário econômico britânico Financial Times investiga o nível de profissionalização nas escolas de samba brasileiras e diz que elas estão “descobrindo a arte da administração”.

O jornal comenta que, assim como os clubes de futebol, as escolas de samba são organizações sem fins lucrativos cuja diretoria, por lei, não pode ser remunerada.

“Isso significa que eles tendem a depender mais de amor, paixão e dedicação altruísta do que de disciplina e processos”, diz a reportagem.

Apesar disso, afirma o texto, “assim como muitos clubes de futebol evoluíram de instituições comunitárias para organizações com administração profissional, muitas escolas de samba estão sob pressão para melhorar seu desempenho com a introdução de ferramentas de administração desenvolvidas no mundo dos negócios”.

Problemas do amadorismo

A reportagem entrevista os presidentes de duas escolas de samba de São Paulo em posições opostas – a Vai-Vai, campeã do carnaval paulistano por 15 vezes, a última delas em 2008, e a Unidos do Peruche, rebaixada para o segundo grupo por três vezes na última década, a última delas no ano passado – para basear sua tese de que a profissionalização tem efeitos positivos para as escolas.

Para o jornal, apesar de as escolas de samba contarem com a colaboração de muitos funcionários dedicados que fazem seu trabalho por amor, sem remuneração, o amadorismo pode trazer problemas.

“É difícil, por exemplo, impor a disciplina entre os diretores se eles não são pagos, o que também torna muito difícil atrair pessoas de qualidade”, diz a reportagem.

O jornal relata os valores envolvidos e todo o trabalho de preparação para os desfiles anuais para dizer que “preparar um desfile de Carnaval é uma tarefa assombrosa” e que “tudo isso exige muita administração”.






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