Empresas estaduais se mostram estáveis

Bons ventos já começam a soprar para o setor empresarial em Mato Grosso. Ao que indicam os números, parece que os reflexos da crise econômica mundial já estão ficando para trás. Embora o número de falências requeridas e decretadas tenha se mantido sem alterações no mês de janeiro deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, o número de pedidos de recuperação judicial diminuiu, passando de 11 registros em 2009 para 9, em janeiro deste ano, queda de 18,1%, que significa uma leve recuperação das empresas frente aos rastros da crise que se alastrou em 2008.

Os números de Mato Grosso vão à contramão dos dados identificados no país. De acordo com a instituição de consultoria de Falências e Recuperações, Serasa Experian, em janeiro de 2010, houve 132 pedidos de falência em todo o país, contra 124 em janeiro de 2009, uma alta de 6,45%. Para o presidente da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat), Roberto Peron, o perfil das empresas que entram com esse tipo de pedido é o mesmo. "A maioria, cerca de 90% das falências e pedidos de recuperação judicial feitos, acontece por conta de má-gestão". No geral, são pequenos e médios empreendimentos que podem sentir esses reflexos.

Perón ressaltou ainda as condições econômicas do Estado que, em plena ascensão, segura há 3 anos os índices de falência e recuperação judicial em níveis estáveis. "O crédito somente circula na economia aquecida e esta é a realidade de Mato Grosso nos últimos anos".