Vereador promete ação contra Wilson Santos

O vereador cuiabano Domingos Sávio (PMDB) disse que vai representar contra o prefeito Wilson Santos (PSDB) no Ministério Público Eleitoral por propaganda extemporânea ao governo do Estado. A representação é uma reação à denúncia feita contra o vice-governador Silval Barbosa (também do PMDB) pelo vereador Antônio Fernandes (PSDB), aliado de Wilson.

Domingos Sávio promete encaminhar a representação contra Wilson até o início da próxima semana e caberá ao Ministério Público formalizar ou não a denúncia assim como fez contra Silval. O vereador do PMDB alega que o prefeito teria se utilizado da máquina pública sob pretexto de levar milhares de professores para a aula inaugural da rede municipal de ensino na segunda-feira (8).

"Se o Silval vem fazendo campanha extemporânea, imaginem o que o prefeito tem feito. Ele levou milhares de professores para essa aula inaugural e entregou milhares de informativos prestando contas da gestão. Isso é mais grave que o caso do vice-governador, cabe representação e é o que vou fazer", afirmou Domingos ao se referir à acusação de que Silval estaria se beneficiando politicamente ao enviar cartas a domicílios de eleitores.

Autor da representação que resultou na denúncia do MP contra Silval, o vereador Antônio Fernandes ironizou a ameaça de Domingos Sávio. "Ele está só jogando o assunto para a galera. Quer polemizar um assunto que não tem nada a ver. Além do mais, o prefeito reúne os professores para essa aula inaugural desde o início do primeiro mandato como forma de incentivar a classe", completou o parlamentar que é também vice-líder de Wilson na Câmara.

O vereador Sérgio Cintra (PDT), que se diz independente na Câmara, classificou o embate como antecipação do debate eleitoral dos dois grupos. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pondera que muitas denúncias se configuram apenas como promoção pessoal e cada caso só pode ser avaliado depois que a Justiça for provocada formalmente.

Defesa - O governador Blairo Maggi saiu em defesa de Silval Barbosa diante da acusação de que o vice estaria fazendo campanha eleitoral extemporânea ao enviar cartas a eleitores. Alegou que o clima de pré-campanha tem aumentado a polêmica que cerca vários assuntos. "As coisas têm sido ampliadas nesse momento, que não é um período de campanha de direito e sim de fato. Certas coisas que poderiam ser toleradas em outras ocasiões, agora não são aceitas e isso é natural".

Silval Barbosa também negou ter se beneficiado com as cartas. Alega que a idéia partiu de assessores que defendem a consulta a cidadãos para saber a avaliação do governo e propor medidas para o futuro.