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Repórter News - reporternews.com.br
Policia MT
Terça - 09 de Fevereiro de 2010 às 01:15
Por: Keity Roma

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Jaqueline passou por procedimentos cirúrgicos em Várzea Grande e, agora, está na UTI do PSMC
Jaqueline passou por procedimentos cirúrgicos em Várzea Grande e, agora, está na UTI do PSMC

Um relacionamento de 14 anos terminou de forma trágica para a servidora pública municipal Jaqueline Moraes Ribeiro, 43 anos, esfaqueada pelo ex-companheiro, João Augusto Magalhães Pinto, de 36 anos. A vítima levou 11 golpes de faca e está internada na UTI do Pronto-Socorro de Cuiabá em estado grave. Após agredí-la, ele tentou o suicídio e também está hospitalizado com duas perfurações.

O crime passional aconteceu na manhã de ontem, na casa que os dois dividiam no bairro Construmat, em Várzea Grande. O casal estava em fase de separação, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. Na hora do crime ele estaria sob efeito de entorpecentes, seria usuário de pasta-base de cocaína, motivo pelo qual Jaqueline queria se afastar.

Gerente do Centro de Referência em Assistência Social (Creas) do bairro Jardim Araçá, em Cuiabá, Jaqueline trabalhava diariamente com casos de violência doméstica e pressentia os riscos aos quais estava exposta permanecendo próxima a João.

Ele é motorista no Centro de Controle de Zoonoses de Várzea Grande. “Há uma semana ele vinha conversando com ela todo dia. Perguntava se não ia dar certo mesmo, se ela não queria voltar com ele e tentar de novo”, conta o filho da mulher, Jackson de Moraes Ribeiro, de 18 anos, que presenciou a tentativa de homicídio.

Na noite de domingo, Jaqueline saiu com familiares para assistir um ensaio de Carnaval no bairro Porto, em Cuiabá. Quando voltou para casa, por volta de meia-noite, João tentou conversar com Jaqueline. Como os dois dormiam em quartos separados, ela disse que estava com sono e que falaria com ele quando acordasse.

Há cerca de três meses Jaqueline estava dormindo no mesmo quarto que o filho e a namorada dele. “Ontem ela entrou no quarto e pediu que eu encostasse a cama na porta, que estava com medo dele. Colocamos, mas ele entrou pela sacada”, conta Jackson.

O rapaz relata que acordou com os gritos de socorro da mãe sendo esfaqueada pelo padrasto. “Ele veio para o meu lado, mas desviei e acordei minha namorada para ela correr. Então ele esfaqueou a si mesmo. Pedi ajuda na casa ao lado e o Samu veio”, relata o filho.

O crime chocou a família da vítima pelo fato de João nunca ter apresentado comportamento violento contra a mulher. Há cerca de um ano ela teria descoberto que ele estava viciado em drogas. “Achamos que por isso ele passou a ficar bastante nervoso e ter algumas reações estranhas, como, por exemplo, mudar de humor repentinamente”, fala a irmã de Jaqueline, Vilma de Moraes Ribeiro.

A inconstância de João vinha deixando Jaqueline com medo dele. Ela estava procurando uma casa para se mudar, apesar da insistência dele para continuar no relacionamento. “Ontem (anteontem) a noite ele perguntou para ela se não ia dar para ficarem juntos mesmo. Ele tinha muito ciúme, mas nunca imaginamos que isso aconteceria”, diz Jackson, que, com 14 anos de convivência, chama o padrasto de pai.

Jaqueline passou por 11 procedimentos cirúrgicos no Pronto-Socorro de Várzea Grande e, depois foi transferida para Cuiabá. Ela teve o fígado e o intestino perfurados, além dos membros do corpo. João também passou por cirurgias, mas ficou internado no PSVG. Os dois estão conscientes. O risco de morte diminui após 72 horas.






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