Após aumento da inflação, Mantega diz que juros são com BC
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira em Buenos Aires que a política de juros é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e que ele concorda com ela.
As declarações foram feitas após a divulgação do resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) com aumento da inflação de 0,75% em janeiro, a maior alta mensal de preços desde maio passado.
Mantega ressaltou que não há discordância entre ele e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sobre os juros brasileiros, que poderiam ser elevados para segurar a inflação.
"Não existe diferença de opinião entre o que penso e o Meirelles", disse, afirmando que "especulações" sobre a possível alta dos juros atendem a "interesses setorais".
Divergências
Na última terça-feira, Mantega e Meirelles mostraram publicamente suas divergências aparentes em relação à política de juros durante discursos realizados no Seminário do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo.
Mantega descartou um aquecimento do consumo e a conveniência do aumento da taxa de juros.
Já Meirelles indicou que a massa salarial, o comércio e o crédito estão crescendo além do esperado, sinalizando que os juros deveriam ser ajustados para cima.
Em seu recente relatório, o Copom indicou que a economia estaria superaquecida, com risco de maior inflação.
Mantega participou nesta sexta-feira, juntamente com os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, de um encontro com autoridades argentinas para discutir uma maior integração bilateral.
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