OCDE vê mais sinais de expansão na atividade econômica mundial
Um relatório mensal divulgado nesta sexta-feira pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) indica que há sinais mais fortes de uma expansão na atividade econômica das principais economias do mundo.
A previsão é feita com base nos CLIs (sigla em inglês de Composite Leading Indicator, ou “Índice Composto Principal”, em tradução livre), indicadores econômicos compilados mensalmente pela OCDE e que são usados para tentar identificar sinais antecipados de mudanças nos ciclos de crescimento.
A organização considera quatro cenários possíveis a partir dos cálculos dos CLIs: expansão (quando há um aumento no índice, acima da tendência histórica), retração (queda no índice abaixo da tendência), recuperação (aumento, mas num nível inferior à tendência histórica) e desaceleração (queda, mas acima da tendência).
Segundo a organização, dados de dezembro de 2009 mostram que os CLIs para as economias do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo) e do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) estão próximos ou acima de sua tendência média histórica.
O mesmo ocorre quando analisados os países da zona do euro em conjunto ou os 29 países-membros da OCDE (do qual nenhum país dos BRIC faz parte).
Ponto de inflexão
Segundo o relatório, no Brasil o ciclo econômico teria atingido seu ponto de inflexão, ou “fundo do poço”, em abril de 2009, um mês antes das economias da OCDE.
O CLI do Brasil teve um aumento de 13,8 pontos (para 99,1) no índice no último ano.
A economia brasileira, porém, é a que tem o CLI mais baixo entre os 11 países individuais analisados, ainda abaixo da média histórica (de 100), indicando que em 2009 o país ainda estava na fase de recuperação da crise e não atingiu a fase de expansão.
Além do Brasil, apenas a Índia, que teve um aumento anual de 4,9 pontos no CLI, também apresenta um índice (99,2) inferior à média histórica de 100.
As economias da OCDE tiveram aumento de 10,1 no CLI em um ano, chegando a 103,1. Na zona do euro, o índice foi a 104,9, com um aumento de 12,2 pontos em um ano. O CLI dos países do G7 registrou um aumento de 10,4 pontos, a 103,1.
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