Quadrilha era especializada em tráfico interestadual de cocaína
Juíza condena mais seis integrantes dos Pagliucas

A Justiça Estadual condenou mais seis integrantes da organização criminosa especializada no tráfico interestadual de cocaína e que foi desbaratada pela Operação Mayhah, da Polícia Federal, em 2011. A decisão atinge Sidney Bettcurt, Renato Sigarini, Divino Bosco Campos Almeida, Maicon Martins Ferreira, Fagner Francisco Eleutério Chaves e André Wanderson Costa Cunha. Juntas as penas somam 56 anos quatro meses e 20 dias de prisão e 8.443 dias-multa.

 

A sentença é da juíza Selma Rosane Santos Arruda da Vara Especializada Contra o Crime Organizado Crimes, Contra a Ordem Tributária e Econômica, Crimes Contra a Administração Pública e Crimes de Lavagem de Dinheiro, de Cuiabá.

 

As investigações mostram que esta organização criminosa era única, complexa, bem articulada e com alto poderio econômico. O grupo atuava a partir da faixa de fronteira entre o Brasil e a Bolívia e tinha a cidade de Porto Espiridião e região circunvizinha como destino principal.

 

Deste município, que se tornou o centro de distribuição dos entorpecentes, carregamentos da droga eram enviados para receptadores/traficantes das demais unidades da Federação, especialmente dos Estados de Minas Gerais, Piauí, Ceará, Pará, Tocantins e Maranhão.

 

Na denúncia oferecida pelo Ministério Público constam 52 réus, mas com relação aos demais os autos foram desmembrados.

 

Condenação: Dentre os seis condenados, apenas dois vão cumprir a pena em regime semiaberto, Divino Bosco Campos Almeida que teve a pena fixada em quatro anos, três meses e dez dias de reclusão, mais 898 dias-multa e Renato Sigarini, condenado a quatro anos, cinco meses e 20 dias de reclusão, mais 915 dias-multa.

 

Quatro vão cumprir pena em regime fechado, sendo eles André Wanderson Costa Cunha condenado em 18 anos e oito meses de reclusão e 2.333 dias-multa, Fagner Francisco Eleutério Chaves com 11 anos e oito meses de prisão e mais 1.633 dias-multa.

 

Outros foram Sidney Bettcurt que recebeu 12 anos e dez meses de condenação, mais 1749 dias-multa e Maicon Martins Ferreira que teve a pena fixada em quatro anos, cinco meses e 20 dias de prisão mais 915 dias-multa.