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Economia
Quarta - 03 de Fevereiro de 2010 às 08:15

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O consumo de gás natural no Brasil voltou a se aquecer em janeiro, com a demanda média atingindo 34,7 milhões de metros cúbicos diários, contra 28 milhões do mesmo mês de 2009. O cálculo exclui as usinas térmicas. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (2) pela diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster.

A demanda foi impulsionada pelo calor intenso neste início de ano e pelo maior consumo da indústria, explicou a diretora. Segundo ela, em fevereiro o comportamento do mercado não-térmico, formado em 80% pelas indústrias, continua apresentando boas surpresas, e nesta terça-feira o consumo bateu os 38,4 milhões de metros cúbicos diários.

- Chegou a valores bastante altos, isso não é comum nesta época do ano. A geração [de energia] está crescendo por causa do calor, o poder aquisitivo aumentou e o consumo ficou maior.

Graça referiu-se à compra de mais eletrodomésticos para enfrentar o verão brasileiro.

Ela explicou que o consumo das indústrias foi também turbinado pelos leilões de gás natural da Petrobras, que significaram descontos de até 35% para os clientes da empresa.

Mesmo assim, para este ano, a previsão é de que o consumo total de gás no país fique em torno dos 50 milhões de metros cúbicos, apenas um pouco a mais do que os 46 milhões de metros cúbicos médios diários em 2009, sendo que 32 milhões iriam para o mercado não-térmico (indústrias, residências, comércio, automotivo, entre outros) e os outros 14 milhões para o mercado térmico.

A diretora ressaltou, no entanto, que na média do ano a expectativa é de que a geração térmica fique abaixo da de 2009, devido às fortes chuvas que mantêm os reservatórios das hidrelétricas cheios. A média de 2010 gerada pelas térmicas deve ficar em torno de 800 megawatts, contra média de 970 no ano passado.

Graça disse que o aumento da demanda por gás no país obrigou a companhia a trazer mais gás natural da Bolívia, aumentando de 24 para 27 milhões o volume diário.

Gasoduto

A diretora inaugura na quarta-feira (3), com a presença do presidente da República, o gasoduto Cabiúnas-Reduc III. O projeto vai custar R$ 2,5 bilhões e vai aumentar a flexibilidade na oferta de gás no Sudeste, ofertando uma capacidade de transporte de 40 milhões de metros cúbicos diários. O projeto levou 16 meses para ser concluído, apesar de estar nos planos da empresa há alguns anos, segundo Graça.

- Tudo o que fizemos até agora era um compromisso lá de trás. Estamos terminando tudo isso atrasado em pelo menos cinco anos.

Graça se referiu também ao Gasene que liga o Sudeste ao Nordeste e “finalmente ficou pronto”. O Gasene estava sendo planejado pela Petrobras há anos e será inaugurado na segunda quinzena de marca, em evento com a presença de Lula. A capacidade será de 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

A diretora informou ainda que vai terminar este ano com 10 mil quilômetros de gasodutos construídos, contra a rede de 5 mil quilômetros herdados pela gestão anterior.

- Investimos desde 2003, R$ 26 bilhões em gasodutos, e até 2003, investiram R$ 6 bilhões.





Fonte: Reuters

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