Mãe denuncia filho de 17 anos por crime
Com a ajuda da mãe do acusado, a polícia conseguiu esclarecer o latrocínio que vitimou o motociclista Márcio de Almeida Barros, de 26 anos, na sexta-feira à noite, no Mapim. Ela denunciou o próprio filho, um menor de 17 anos, como participante do crime, quando ele estava escondido na casa de uma tia, em Poconé.
Dois adolescentes são apontados por envolvimento no latrocínio, o rapaz de 17 anos e um outro de 15. Eles tentaram roubar a moto de Márcio, que reagiu e foi baleada no ombro.
No domingo de madrugada, policiais militares do 4º Batalhão prenderam o adolescente de 17, que estava escondido no bairro Boa Esperança, em Poconé (a 100 quilômetros da Capital). O garoto confirmou ter participado da tentativa de assalto, mas apontou outro adolescente, um de 15 anos, como autor dos disparos.
O infrator detido relatou aos policiais que estava no bairro Mapim e foi chamado pelo cúmplice para praticar um assalto. “Sabia que a gente ia assaltar alguém, ia roubar alguma coisa. Na hora, a gente viu uma moto escondida na casa. Ele (o cúmplice) rendeu o cara, mas o cara reagiu e ele atirou”, justificou-se.
Em seguida, os dois saíram correndo e embarcaram num táxi que faz ponto em frente ao restaurante Alvorada, na avenida Júlio Campos. “A gente foi para Poconé e fiquei na casa de minha tia. Não sabia que ele (a vítima) tinha falecido”, explicou o garoto. Ele acrescentou que o cúmplice fugiu levando a arma.
A prisão do adolescente ocorreu no início da madrugada de domingo. Após receber denúncia da localização do garoto, PMs do 4º Batalhão pediram auxílio dos militares de plantão em Poconé e localizaram o menor. De lá, veio trazido para Várzea Grande. Testemunhas do latrocínio foram localizadas e reconheceram o garoto.
O menor disse também que esteve preso no ano passado por roubo e ficou 23 dias internado no Complexo do Pomeri cumprindo atividades sócioeducativas. Após ser colocado em liberdade, garantiu não ter praticado delito algum. “Só mesmo esse outro assalto que terminou nisso”, completou.
O depoimento do garoto confirma o relato de testemunhas. Horas antes do crime, ele chegou à casa da namorada e estacionou a moto nos fundos, aproveitando que o local é murado e, com isso, não chamaria a atenção. Em seguida, ficou sentado numa cadeira, na calçada, com a namorada. Por volta das 22 horas, apareceram dois jovens aparentando ser adolescentes, um deles armado com revólver, e exigiram que ele entregasse as chaves da motocicleta.
Testemunhas disseram que ele se recusou a entregar as chaves e correu para os fundos. “Foi aí que um deles atirou e a vítima caiu no chão”, relatou um morador próximo. O tiro, que acertou as costas, teria atingido outros órgãos. O motociclista morreu no local.
Amigos de Márcio disseram que ele tinha comprado a motocicleta a prazo e ainda restava algumas prestações para pagar. Pai de um menino de 5 anos e uma menina de 3, ele havia se separado da esposa e saiu do sítio para morar em Várzea Grande. Ele trabalhava numa empresa de beneficiamento e empacotamento de arroz. (AR)
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