Polícia aponta que responsáveis pelo tiroteio deste final de semana são os mesmos que mataram criança de apenas 2 anos em março de 2009
Tiroteio entre gangues fere menino de 8 anos em Cuiabá
Seis criminosos voltaram a aterrorizar o bairro Dom Aquino, em Cuiabá. Eles ocupavam 3 motocicletas e promoveram um tiroteio na rua Teles Pires. Dois deles respondem por vários homicídios: Adilson Matheus Pereira de Oliveira, 19, o "Nenê", e Deivid Cardoso Campos. No ataque, duas pessoas foram feridas. Wellinton Ferreira de Lara, 8, foi atingido no joelho e liberado após receber atendimento médico. O outro ferido é Ronaldo Andrade do Nascimento, 26, atingido no abdome, tórax e braço esquerdo. Ele foi submetido a cirurgias, passou pela UTI do Pronto-Socorro de Cuiabá e ontem o quadro de saúde era estável e ele foi removido para a sala de recuperação.
O tiroteio ocorreu no sábado, pouco antes das 18h, quando a gangue foi ao local dar demonstração do "poderio" e intimidar a comunidade. Segundo fontes da Polícia, "Nenê", que possui 5 mandados de prisão em aberto por homicídio, gritou para todos ouvirem que "não havia homem para prendê-lo". Ele é o autor do disparo que no dia 1º de março do ano passado matou a menina Ana Carolina Nunes de Lima Silva, 2, no colo de um dos tios. Naquela noite, uma ação semelhante da gangue feriu quatro pessoas e matou uma, no cruzamento da rua Teles Pires com Padre Gerônimo Botelho.
Na época, dos 6 acusados de participarem da ação, apenas "Nenê" e Deivid não foram presos. Eles integram a gangue do "Copagás". Os tiroteios em vias públicas tem como objetivo intimidar os membros da gangue rival, a "Aldeia". Os confrontos são antigos e tornam a comunidade local alvo frequente dos criminosos. Mas tanto no sábado como no atentado de março não haviam membros da gangue rival na rua. O ataque seria mais uma forma de mostrar poder e intimidar os inimigos.
"Nenê", segundo a Polícia, é "caçado" há muito tempo, inclusive com diligências em cidades do interior. A delegada Silvia Pauluzzi, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apurou o crime da menina Ana Carolina, assegura que a cada denúncia que a delegacia recebe sobre o paradeiro do acusado são feitas diligências imediatamente, inclusive em conjunto com a Polícia Militar. Mas, até hoje, eles continua foragidos. O comandante do 1º Batalhão, Major PM Rubem Gonçalo Padilha, garantiu que além do policiamento de rotina no bairro, uma viatura da Força Estadual de Segurança foi deslocada para a região para atuar 24 horas para evitar novos atentados e prender os acusados.
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