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Saúde
Segunda - 01 de Fevereiro de 2010 às 10:57

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O novo plano pode até mesmo proibir o fumo na entrada dos edifícios e nos pontos de ônibus
O novo plano pode até mesmo proibir o fumo na entrada dos edifícios e nos pontos de ônibus

O governo britânico pretende abolir as máquinas de venda de cigarros e proibir que os fabricantes incluam suas logomarcas nas embalagens. O pacote de medidas tem como meta reduzir pela metade o número de fumantes no país até 2020.

Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa propõe ainda uma revisão na lei que permite o fumo em determinados locais, como a entrada dos edifícios e pontos de ônibus.

Também são consideradas medidas para dissuadir os pais que moram com seus filhos de fumarem em seus carros ou em suas casas. A princípio, isso seria feito apenas por meio de campanhas de conscientização.

O ministro da Saúde, Andy Burnham, enfatizou que as crianças e os adolescentes são os principais alvos do novo plano, cujas propostas de mudança na lei ainda precisarão ser aprovadas para entrar em prática.

É por causa dos mais jovens que o projeto quer agravar as penas para quem vender cigarro para menores de idade e ampliar o investimento no combate ao tráfico de cigarros. Os 200 milhões de cigarros que entram ilegalmente no país ao ano são os mais baratos e, portanto, os favoritos dos adolescentes.

A proibição das máquinas de cigarros e das logomarcas nas embalagens, que deverão vir apenas com o nome do fabricante impresso, também foi pensada com o intuito de por fim a qualquer tipo de propaganda que possa atrair os adolescentes.

A guerra ao cigarro

Na última década, a Grã-Bretanha já conseguiu reduzir em 25% o número de fumantes no país.

Dentre as ações tomadas no período, houve a proibição das propagandas de cigarro e a de fumar em locais públicos e fechados, similar ao que os estados brasileiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais fizeram no ano passado.

Atualmente, 21% da população britânica, ou oito milhões de pessoas, fumam. Segundo o governo, o cigarro responde anualmente por 80 mil mortes e 1,4 milhão de internações hospitalares, custando ao sistema público de saúde 2,7 bilhões de libras ao ano (R$ 8,1 bilhões).

“Algum dia, em um futuro não muito distante, nós olharemos par trás e acharemos difícil de lembrar porque as pessoas fumavam”, declarou Burham.

Liberdade de escolha

O anúncio das novas intenções do governo britânico veio acompanhado de manifestações contrárias ao projeto.

Simon Clark, diretor da Forest, uma associação de defesa dos direitos dos fumantes, criticou os planos do governo dizendo que eles “vão erodir ainda mais nossa habilidade de escolher como queremos viver nossas vidas”.

“É muito perigoso quando o governo começa a estabelecer metas, porque a única forma de eles conseguirem atingi-las é introduzindo leis antiliberais e muito draconianas”, declarou.

Por outro lado, Alan Maryon-Davis, presidente da Faculdade de Segurança Pública do Reino Unido, defendeu a medida. “Mas nós precisamos ver essas boas intenções sustentadas por investimento contínuo em estratégias efetivas”, disse.






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