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Vício em Facebook não garante trabalho em rede social
Se você é do tipo que passa horas tuitando, postando fotos e interagindo no Facebook, saiba que é possível fazer dessa uma atividade rentável, com salários de até R$ 5.000.
Atualmente, existem profissões onde as ferramentas de trabalho são as redes sociais, pois as empresas estão de olho nas vantagens que se pode obter com elas.
Mas, para trabalhar no gerenciamento de redes sociais de uma empresa, ser um assíduo usuário delas não adianta de muita coisa, diz o professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da FGV-SP, Nino Carvalho.
"Vemos muitos feras em funcionalidades de Twitter, Facebook, Slideshare, mas é como saber usar uma máquina de escrever e não saber o que se vai escrever", exemplifica.
Segundo Carvalho, conhecer fundamentos de comunicação e marketing, por exemplo, é necessário, porque são princípios que regem qualquer rede social e não deixam o profissional refém dos modismos. "As redes sociais mudam muito. Hoje a moda é Facebook, ontem era Orkut, amanhã será seja lá o que for."
Entre os cargos que existem no mercado, estão os de gerente e analista de mídias sociais. Entre suas tarefas, os profissionais do setor têm de ouvir o que se comenta sobre determinado produto, coletar sugestões que podem melhorá-lo e defendê-lo de ataques.
Fazer um curso de graduação é um bom começo para quem pretende trabalhar com redes sociais. O professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da FGV-SP, Nino Carvalho, indica faculdades como as de relações públicas, publicidade e jornalismo, por ordem, segundo ele, de requisição do mercado, mas alerta sobre o conteúdo da grade curricular.
"Ao escolher o curso, a pessoa precisa verificar se ele traz alguma matéria letiva relacionada a marketing para internet.
Não adianta, porém, escolher um entre esses cursos aleatoriamente. "Que tipo de bicho que eu sou? Sou mais comunicador? Ou sou mais analítico, um cara que gosta mais de processos? Nada me impede de fazer administração e depois complementar com uma pós", afirma Luciano Palma, professor de pós em Gestão em Web do Senac Lapa Tito.
E, caso a pessoa não tenha tempo nem dinheiro para optar por uma graduação, um curso técnico profissionalizante pode ajudar.
Independentemente de qual for o ponto de partida, cursos extras devem ser levados em conta. Muitas vezes, pagando-se pouco ou nada por isso.
"Dá para estudar HTML 5 [linguagem de programação] na internet, baixar ferramentas, desenvolver aplicação mobile, pesquisar conceitos básicos como o que é uma visita única, fazer um curso de um fornecedor de métricas, por exemplo. É preciso ter ao menos uma noção de cada coisa para falar a língua das outras pessoas da equipe", diz Palma.
Domínio do inglês faz a diferença
E por falar em língua, a inglesa é bastante recomendada. "O inglês continua sendo um diferencial absurdo. Mas o mercado precisa do camarada que pega o telefone e discute em inglês, redige e defende um projeto em inglês. Não do que só enrola", afirma Carvalho.
Quem escreve bem leva vantagem
É comum a escolha do candidato de perfil que se adapte ao da marca que ele cuidará. E se souber escrever bem, vantagem para ele, afirma Gui Rios, CEO da Social Agency, focada na elaboração de ações, publicidade e gestão da presença social de marcas, produtos e serviços.
"Nós nos preocupamos muito com a qualidade dos textos dos nossos colaboradores. Normalmente, profissionais de comunicação têm mais intimidade com a escrita, mas temos perfis variados, de administradores a músicos. Por se tratar de um trabalho de muita responsabilidade e liberdade, precisamos de pessoas comprometidas e capazes de se motivar diante dos desafios."
De acordo com Rios, diferentes redes sociais são utilizadas para cada perfil de candidato.
"Quando buscamos alguém pleno ou sênior, normalmente é pelo LinkedIn. Trabalhamos com a publicação de vagas na rede social e também vasculhando alguns perfis, especialmente aqueles ativos em grupos relevantes para a agência. Já os novos talentos, buscamos em grupos como o Facebook, além de parceiros que utilizam basicamente as redes sociais para divulgar vagas."
Indicações são fortes
Segundo a mais recente pesquisa da Abradi (Associação Brasileira das Agências Digitais), divulgada em 2012, os profissionais têm sido contratados, principalmente, por indicação interna (29%). Depois vêm indicação externa (26%), redes sociais (23%), head hunters (7%) e websites especializados (5%).
Fonte:
Do UOL
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/14418/visualizar/
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