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Nacional
Sábado - 30 de Janeiro de 2010 às 17:11

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A crise de hipertensão pela qual passou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um fato isolado em seu histórico clínico e não há necessidade de tratamento com remédios. A conclusão é do cardiologista Roberto Kalil, que acompanhou o presidente e a primeira-dama Marisa Letícia hoje pela manhã no InCor (Instituto do Coração), em São Paulo, para a realização de uma série de exames.

Segundo o boletim médico divulgado hoje à tarde, os resultados preliminares da avaliação clínica e dos exames "apontaram que o estado geral de saúde do presidente e da primeira-dama Marisa Letícia é bom".

Lula fez exames de sangue e urina, ecocardiograma, ultrassom de abdome total e tomografias de crânio, carótida, tórax, coronária, abdome e vascular. Além destes exames, o presidente foi submetido a uma avaliação urológica e a primeira-dama, a uma avaliação ortopédica.

Com os resultados dos exames normais, o cardiologista liberou o presidente para retornar à sua rotina de trabalho a partir de segunda-feira. Segundo ele, a principal recomendação é que Lula volte a praticar atividades físicas regularmente, como sempre fez, e reduza o consumo de sal.

"Nessa maratona que ele veio, provavelmente ele não conseguiu fazer o exercício de caminhada que ele faz uma hora, uma hora e meia todo dia. Uma hora é suficiente, é bem recomendado", disse Kalil em entrevista coletiva.

Além dos exercícios e do controle da dieta, Kalil recomendou ao presidente descansar e dormir um pouco mais.

Após os exames o presidente disse em entrevista coletiva que "graças a Deus" está com a saúde perfeita. Perguntado sobre o acúmulo de compromissos da Presidência e da pré-campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o que pode ter provocada a crise de hipertensão, Lula disse "que quem engorda o porco é o olho do dono e, se o dono não estiver olhando as coisas acontecerem, elas não acontecem".

"Acho que a agenda não é um problema de campanha. É um problema de compromissos que a gente vai assumindo e querendo cumprir. E a gente percebe que o dia só tem 24 horas e a agenda muitas vezes tem uma utilização maior que 24 horas", afirmou.

Hipertensão

O presidente Lula teve uma crise de hipertensão na noite de quarta-feira (27), em Recife (PE), onde cumpria agenda oficial antes de ir para Davos (Suíça), onde receberia o prêmio de Estadista Global durante o Fórum Econômico Mundial.

Ele passou mal no avião e, por orientação médica, foi para o hospital Português, ainda em Recife, onde passou a noite. Na manhã seguinte, o presidente foi para São Bernardo, onde ficou de repouso até a manhã deste sábado.

Hoje, após os exames, Lula retornou para Brasília, onde chegou por volta das 13h, mas não tem compromissos oficiais. Ele deve retornar ao trabalho na segunda-feira.

Leia a íntegra do boletim médico:

"Nota à imprensa
InCor - Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

São Paulo, 30 de janeiro de 2010.

Pacientes:
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 64 anos, e a primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, 59 anos, estiveram neste sábado (30), no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor-HC/FMUSP), entre 8h e 11h, para realização de exames de checkup. O procedimento foi agendado pelo prof. dr. Roberto Kalil, cardiologista do Incor, dentro do programa de avaliação periódica a que o presidente e a primeira-dama são submetidos há mais de uma década.

Constaram da programação das avaliações de ambos os seguintes exames: laboratoriais (sangue e urina), ecocardiograma, ultrassom de abdome total e tomografias de: crânio, carótida, tórax, coronária, abdome e vascular. Além destes exames, o presidente foi submetido a avaliação urológica e a primeira-dama, a avaliação ortopédica.

Os resultados preliminares da avaliação clínica e dos exames apontaram que o estado geral de saúde do presidente e de d. Marisa Letícia é bom.

Segundo Dr. Kalil, o pico hipertensivo pelo qual passou o Presidente recentemente pode ser considerado, até este momento, um fato isolado em seu histórico clínico, não necessitando de tratamento medicamentoso específico.

A recomendação médica é de que seja mantida a rotina preventiva de exercícios físicos, dieta alimentar e avaliação anual."






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