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Domingo - 21 de Julho de 2013 às 18:56
Por: ALECY ALVES

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Usuários dos restaurantes populares reivindicam melhorias na qualidade das refeições e na acessibilidade. Mesmo reconhecendo que desembolsam valores simbólicos, consumidores ouvidos pela reportagem entendem que o subsídio, complemento feito com verbas públicas, justificaria uma variedade maior. 


No restaurante estadual, que funciona no bairro Bandeirantes, em Cuiabá, assim como municipal de Várzea Grande(anexo ao Fiotão), é cobrado R$ 2 do consumidor. Já no mantido pela Prefeitura de Cuiabá(sediado na rua Barão de Melgaço) custa R$ 1,50. 


Todos são gerenciados por terceiros, dois deles, os de Cuiabá, por uma mesma empresa de buffet. Essa empresa recebe R$ 3,20(no caso do restaurante do estado), e R$ 3,49(da prefeitura), além dos valores pagos pelo usuário. Já no de Várzea Grande, que tem a frente uma entidade filantrópica, o subsídio é de R$ 3,72, também por prato. 


Nas três unidades são servidas em média 2.500 refeições diariamente, conforme dados oferecidos pelos gestores. O municipal de Cuiabá é o maior, com 1.300 bandejões ao dia, seguido pelo de Várzea Grande, com 800, e o estadual, com 400 almoços. 


Somando o complemento público com o pagamento direto do consumidor, o preço do almoço varia de R$ 4.99 a R$ 5,72. Como todos os restaurantes funcionam em prédios públicos, nenhuma das empresas tem custos com aluguel. 


O motoboy Romário Ramos Duarte, 28 anos, que almoça diariamente no restaurante municipal de Cuiabá, reclama que a salada é sempre a mesma(repolho, beterraba ralada e alface) e a carne é pouca. “Dois pacinhos minúsculos, sempre ao molho, que não dá nem para sentir o gosto”, diz. Ele, que freqüenta o local há mais de ano, pede “um bife uma vez ou outra”. 


Ana Maria Alves dos Santos, 54 anos, faxineira, que costuma fazer as refeições nos dois restaurantes de Cuiabá, diz que gosta do sabor, mas também acredita que diversificar agradaria mais o paladar. 


Assim como há queixas, também tem elogios. Para o mecânico de automóveis Roberto Nascimento, 34 anos, o preço, a localização e o sabor estão em harmonia. “Pago pouco, é perto do meu trabalho e como bem”, diz. 


O aposentado Altino Ramalho, 70 anos, que mora em na comunidade Parque Boa Vista, município de Cuiabá, contou que toda vez que vem ao médico ou fazer compras na cidade, almoça em um dos restaurantes populares. “Pelo preço que pagamos tá bom”, avalia. 


Além de ouvir usuários, a reportagem fez as refeições e comparou o cardápio com um restaurante popular privado. Pelo preço de R$ 2 não é possível almoçar na área central. Entretanto, por R$ 7, ou seja, R$ 2 a menos do que as instituições recebem por cada prato servido, é possível encontrar refeições bem melhores. 


Em um restaurante simples, no Mercado Municipal, R$ 7 foi o valor desembolsado por um ‘PF’ de com arroz, feijão, macarrão, farofa, couve refogada, bife acebolado(dois pedaços de contra-filé) e salada de alface e tomate. Ou seja, bem mais balanceado que os dois dias de experiência da equipe do DIÁRIO nos restaurante populares de Cuiabá. No primeiro dia, o cardápio foi arroz, feijão, iscas de carne ao molho e salada de repolho, alface e beterraba. Segundo dia: arroz, feijão com carne, mesma salada e farofa. 





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