Protocolo orienta sobre exames pré-operatórios, anestesia e atendimento pós-cirúrgico
Conselho decide criar guia de orientação para cirurgia plástica
A Câmara Técnica de Cirurgia Plástica do CFM (Conselho Federal de Medicina) elaborou na última quinta-feira (28), em parceria com a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), um documento - uma espécie de checklist de segurança - para a realização desse tipo de intervenção.
O protocolo poderá se estender a orientação de indicações cirúrgicas, exames pré-operatórios, anestesia, atendimento pós-cirúrgico e condições do local.
Antonio Gonçalves Pinheiro, coordenador dos trabalhos, afirmou que na reunião de ontem ficou definido que serão também monitorados cursos que não estão aptos a formar profissionais qualificados para a prática.
- Vemos disponibilizados cursos de lipoaspiração de final de semana, com um dia de atividade teórica e dois dias de atividade prática. Esse tipo de curso não qualifica nenhum médico. A maioria dos casos em que há complicações envolve médicos com esse tipo de treinamento, que considero nulo, explica.
Pinheiro chama a atenção ainda para que paciente e médico tenham responsabilidade em relação ao risco envolvido em uma cirurgia plástica.
- É preciso um criterioso exame pré-operatório e um local adequado com recursos para manutenção de todos os procedimentos para atender qualquer intercorrência. O risco deve ser ínfimo em relação ao benefício, conclui.
Morte
A decisão de elaborar o protocolo vem à tona três dias depois da morte da jornalista Lanusse Martins Barbosa, de 27 anos, após ela se submeter a uma cirurgia estética em Brasília. Ainda neste mês, no dia 9, uma mulher morreu no Rio de Janeiro após ser submetida a hidrolipo em um consultório.
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