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Nacional
Sexta - 29 de Janeiro de 2010 às 15:28

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Três crianças morreram em uma aldeia indígena no interior de Minas Gerais, diagnosticadas com DDA (Doença Diarreica Aguda). As vítimas da doença são moradores da aldeia Vila Nova, Polo-Base de Pradinho, no município de Bertópolis. O grupo fica a aproximadamente 550 quilômetros de Belo Horizonte.

Os primeiros casos de diarreia apareceram na terça-feira (19) da semana passada e, poucas horas depois, dois bebês, um de 4 meses, e outro de 9, morreram por complicações da doença. A terceira morte, também de um bebê, de 6 meses, foi confirmada nesta quarta-feira (27) pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

Foram registrados 66 casos da doença. Os mais atingidos foram crianças de até 4 anos, representando 86% dos casos. Maiores de quatro anos não apresentaram gravidade, porém, continuam sendo monitorados pelo Desai (Departamento de Saúde Indígena) da Funasa, em conjunto com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a Secretaria estadual de Saúde de Minas e o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) de Minas Gerais e Espírito Santo.

Nesta quinta-feira (28), havia 32 pessoas internadas. Segundo o coordenador técnico do DSEI, Roberto Carlos de Oliveira, o pior já passou:

- A situação está sob controle, houve uma diminuição no número de pacientes.

Três hospitais da região - em Machacallis, Águas Formosas e Teófilo Otoni - estão atendendo os casos de indígenas afetados pelo problema. Além dos atendimentos nos hospitais, foram montados dois berçários na Casai (Casa de Apoio à Saúde Indígena), em Governador Valadares. No início do surto, os casos mais complicados eram encaminhados para a casa.

Segundo a coordenação regional da Funasa em Minas Gerais, a aldeia possui três poços tubulares profundos, que apresentam alta concentração dos minerais ferro e magnésio, não sendo possível clorar a água. A Funasa oferece filtros para o tratamento da água, mas a população resiste ao uso.

A causa do surto ainda não foi descoberta. Amostras de fezes das crianças e da água da aldeia foram encaminhadas para o laboratório da Funed (Fundação Ezequiel Dias), em Belo Horizonte. Uma equipe técnica, com médico, enfermeiros e investigadores, sairá nos próximos dias de Brasília para realizar estudo epidemiológico na aldeia.






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